tag:blogger.com,1999:blog-58919359869453953232024-03-19T04:48:44.413-07:00PsicanálisePara agendar consultas entre em nosso site: www.psicanalise-virtual.comLuiz Fernandohttp://www.blogger.com/profile/07534657733896362865noreply@blogger.comBlogger17125tag:blogger.com,1999:blog-5891935986945395323.post-22123117755200909852016-11-23T07:39:00.000-08:002016-11-23T07:42:30.285-08:00A Foraclusão do Nome-do-Pai<h3 style="line-height: 200%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
Trabalho apresentado no I Colóquio do Fórum do campo Lacaniano Diagonal Rio de Janeiro - 15/10/2016</h3>
<div>
<br /></div>
<div align="right" style="background: white; line-height: 200%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: right;">
<br /></div>
<div align="right" style="background: white; line-height: 200%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: right;">
<b><span style="font-family: "arial" , sans-serif;">Luiz Fernando Rodrigues
Alves<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 200%;">O título dessa
mesa “o inconsciente a céu aberto” faz referência a expressão de Lacan no
Seminário 3, As psicoses (Lacan, 1985). </span><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">Na
sintomatologia das psicoses, a divisão fundadora do inconsciente, operada pelo
recalcamento originário, não acontece, o que leva à formulação lacaniana de que
o inconsciente aparece “a céu aberto” (Lacan, 1956 / 1975, aula de 14 de
dezembro de 1955, p.73). Nas psicoses a
operação que responde à castração simbólica é a foraclusão (</span><i><span lang="DE" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">Verwerfung)</span></i><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">,
distinta do recalcamento originário (</span><i><span lang="DE-AT" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">Urverdrängung)</span></i><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">, defesa presente nas
neuroses e nas perversões.<span style="color: #f79646; mso-themecolor: accent6;"> </span> O fato de o sujeito na estrutura psicótica não
reconhecer os efeitos inconscientes (formações) nem por isto quer dizer que a
linguagem inconsciente deixa de operar efeitos em seu discurso.<span style="color: #f79646; mso-themecolor: accent6;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">Neste trabalho comentarei a formulação
de Lacan a propósito da noção de foraclusão do Nome-do-Pai para pensarmos a
modalidade de resposta à castração nas psicoses.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 200%;">A foraclusão no Nome-do-Pai<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 200%;">Lacan retoma o
caso Schreber nos anos 1955-56, no seminário dedicado ao tema das psicoses. O
texto <i>De uma questão preliminar a todo
tratamento possível das psicoses </i>(Lacan, 1958/1998<i>),</i> escrito entre a primeira e a segunda parte do<span class="apple-converted-space"> </span><i>Seminário 5</i>, é também dedicado
à estrutura psicótica. Em ambos os textos, Lacan retoma a concepção freudiana
das psicoses a partir do mecanismo da<span class="apple-converted-space"> </span><i>Verwerfung</i><span class="apple-converted-space"> </span>freudiana, denominando-o<span class="apple-converted-space"> </span></span><i><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">foraclusão</span></i><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 200%;">. O termo, de origem
jurídica indica o uso de um direito não exercido no momento oportuno e é
utilizado por Lacan para descrever aquilo que falta ao sujeito psicótico, a
castração, enquanto ordenadora do campo simbólico e, consequentemente, de suas
relações com a realidade. Enquanto na neurose a castração sofre recalcamento e
na perversão ela é </span><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">desmentida, na
psicose ela permanece foracluída para o
sujeito.<span class="apple-converted-space"> <b><o:p></o:p></b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 200%;">Segundo Lacan
isso ocorre porque fracassa a operação metafórica que introduz o sujeito no
campo simbólico, à operação por meio da qual, o Nome-do-pai (NP) como
significante da lei que impõe a castração simbólica para todo homem como
condição de acesso ao gozo fálico, em substituição ao desejo materno (DM). Por causa disso, não existe aquilo mediante o
qual o pai intervém como lei (Fig.1).<span class="apple-converted-space"> <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 200%;"><span class="apple-converted-space"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<img alt="Resultado de imagem para metáfora paterna lacan" src="http://www.scielo.br/img/revistas/agora/v16n1/a03fig04.jpg" /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 200%;">É por isso que,
para Lacan, a psicose decorre fundamentalmente da carência do pai. Entretanto,
essa carência não deve ser entendida como a carência do pai na família e sim
como a carência de uma função. Para Lacan é possível, concebível, exequível e
palpável pela experiência, que o pai esteja presente mesmo quando não está, o
que já deveria nos incitar certa prudência no manejo do que concerne à função
do pai. Mesmo nos casos em que o pai não está presente, em que a criança é
deixada sozinha com a mãe, a ausência concreta do pai na família não é
suficiente para definir a carência de sua função. O pai de Schreber, por exemplo, longe de ter
sido um pai ausente, ficou conhecido pelo caráter tirânico e</span><span style="color: #3366ff; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;"> </span><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 200%;">extrema rigidez pedagógica, tendo
sido autor de um tratado que visava à educação infantil através da “ginástica
terapêutica”. Para Lacan, portanto, “nunca se sabe em que o pai é carente”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 200%;">Assim, “o que
está em jogo na psicose não é a presença ou ausência do pai na família, mas uma
posição subjetiva em que, ao apelo do Nome-do-Pai corresponda não à ausência do
pai real, pois essa ausência é mais do que compatível com a presença do
significante, mas a carência do próprio significante”. A <i>Verwerfung</i>, “será tida por nós,
portanto, como for</span><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">aclusão do
significante” (Lacan, 1958/1998, p. 564). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 200%;">No ponto em que,
é chamado o Nome-do-Pai,</span><span style="color: #3366ff; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;"> </span><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 200%;">responder
no Outro um puro e simples furo, o qual, pela carência do efeito metafórico,
provocará um furo correspondente no lugar da significação fálica, conforme o
Esquema I, cujo falo simbólico se apresenta zerado, </span><span style="font-family: "symbol"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">F</span><b><sub><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 200%;">0</span></sub></b><span style="color: #f79646; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;"> </span><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">(Lacan,
1958/1998, p.564 e 578). A consequência da não inscrição da função
paterna é o retorno no real do que ficou foracluído
cuja manifestação clara é a alucinação. Para Lacan “tudo o que é recusado na ordem
simbólica, no sentido da <i>Verwerfung</i>, reaparece no real”. <b><o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 200%;">As consequências da foraclusão no Nome-do-Pai<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 200%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">Em “<i>Análise de um Caso de Paranóia Crônica de
1896”, </i>Freud relata um caso clínico de psicose paranoica na qual sua
paciente a</span><span class="apple-converted-space"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;"> Sr.ª P. na impossibilidade
de recalcar como mecanismo de defesa, a sua relação sexual com o irmão na infância,
formou um sintoma defensivo de desconfiança nas outras pessoas, onde o sujeito
deixa de reconhecer a autoacusação pelo ato libidinoso, e para que possa recompensar
isso, fica privado de proteção contra as auto - acusações que, retornam em suas
representações delirantes sob a forma de pensamentos ditos em voz alta e com os
olhares dos vizinhos que ela acreditava estarem sempre voltados para ela,
observando sua troca de roupa dentro de seu próprio quarto fechado. Freud
afirma ainda que os sintomas de defesa secundária, presentes nas neuroses, não estão presentes na paranóia, porque segundo
o autor, nenhuma defesa pode agir contra os sintomas do retorno do recalcado,
porque os mesmos estariam ligados a uma crença, o que não ocorre como o
paranoico, ao invés disso surge uma outra fonte para formação de sintomas (
sintomas do retorno do recalcado). São as representações delirantes que chegam
ao consciente através de uma formação de compromisso, aumentando as atividades
de pensamento, até que essas possam ser aceitas sem nenhuma contradição, onde o
sujeito forma sua verdade absoluta, sem nenhuma dúvida ou questionamento desse
saber.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoFooter" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">
Seriam delírios combinatórios e interpretativos, promovendo uma possível
alteração no ego, já que Freud afirmou que a paciente não apresentava nenhum
sinal de tentativa de interpretação durante a análise e que, a chamada <i>fraqueza de memória </i>nos paranoicos é
tendenciosa, ela baseia-se no recalque e serve para fins do recalque. Em suas
palavras ele afirma que <i>“</i>Ocorre um
recalcamento e substituição subsequentes de lembranças que não são nada
patogênicas, mas que contradizem a alteração do ego tão insistentemente exigida
pelos sintomas do retorno do recalcado (Freud, 1896, p.173)”. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">Em Lacan,
temos o caso de sua paciente que ao dizer que, vinha do salsicheiro, ouve como
resposta no Real, a palavra Porca, apontando que, quando esse Outro com A maiúsculo
fala não é a realidade na qual o sujeito se articula no seu dizer, e sim, a de
um Outro que está além dessa realidade. No
entanto, fiquemos atentos com a explicação de Lacan que não descartando a
teoria Freudiana, e sim, atualizando-a, no que diz respeito à foraclusão no
Nome-do-Pai, permite tanto pensar a psicose em termos de zerificação do falo significante
e o peso da significação da significação no vazio enigmático que se apresenta
no lugar da significação, fato
importantíssimo da sua teorização por possibilitar um tratamento para esse tipo
de paciente dentro da técnica analítica, quanto propor uma incidência outra
para o Nome-do-Pai que não na posição de significante, porém uma incidência no
real, dando com isso mais uma indicação do caminho a seguir nesse tipo de
tratamento, que deverá comportar por essa razão, necessariamente, uma
intervenção no nível do real.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b style="line-height: 200%;"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">Referências
bibliográficas</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b style="line-height: 200%;"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">FREUD</span></b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">,
Sigmund (1911/1913<i>) O Caso Schreber</i>
Artigos sobre técnica e outros trabalhos. In: <i>Edição Standard brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund
Freud</i>. Rio de Janeiro: IMAGO, 1987 2ª edição - Vol.
XII.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">FREUD</span></b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">,
Sigmund ( 1893 – 1899 ) <i>Um caso de Paranoia Crônica. </i>In: <i>Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas
Completas de Sigmund Freud. </i>Rio de Janeiro: IMAGO, 1987 2ª edição – Vol.
III. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">LACAN</span></b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">,
Jacques (1955-1956) <i>De uma questão
preliminar a todo tratamento possível da psicose.</i> In: <i>Escritos</i>. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar Editor, 1998.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">LACAN,
</span></b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">Jacques
( 1957-1958) <i>A Foraclusão do Nome do Pai. </i>In: <i>O Seminário Livro 5 as formações
do inconsciente . </i>Rio de Janeiro: Zahar Editor, 1999.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">LACAN,</span></b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">
Jacques (1955-1956) <i>Eu venho do
salsicheiro.</i> In: <i>O seminário Livro 3
as psicoses. </i>Rio de Janeiro: Zahar editor, 1997.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">LACAN,</span></b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">
Jacques (1932) <i> Da psicose paranoica em suas relações com a
personalidade.</i> Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1987.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
Luiz Fernandohttp://www.blogger.com/profile/07534657733896362865noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5891935986945395323.post-81385652672458494132015-12-29T12:24:00.000-08:002015-12-29T12:24:50.183-08:00 “Um saber que nada sabe” A psicose paranóica como estrutura do sujeito, tendo como tema o assassinato de mulheres. <div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">I - Introdução:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;"> O presente estudo surgiu do crescente
número de mulheres vitimadas por seus companheiros, sejam eles maridos,
namorados ou até mesmo os nomeados amantes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;"> O que se tem observado é que nos
noticiários diários, bem como em determinados programas investigativos, o
número de mulheres atacadas diariamente por seus pares vem crescendo
significativamente em decorrência da fragilidade do sistema jurídico em
intervir de maneira eficaz na contenção desses atos insanos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 16pt; line-height: 115%;"> O que ocorre é que, o sujeito paranóico
tem como certeza, à sua verdade, verdade essa que na maioria das vezes não
condiz com a realidade. Pelo menos não com a realidade dos fatos. Mas isso não
interessa a ele, pois seu psiquismo foi estruturado de maneira que ele sempre
sabe, e a esse saber, ele não pode renunciar. Geralmente elege alguém para que
possa confirmar esse saber, ao perseguir a escolhida, essa não tem como
escapar, pois em sua defesa é matar ou morrer para aquela que está na sua mira.
O sujeito paranóico só se liberta dessa perseguição ao eliminar a sua causa,
que pode ser a companheira ou alguém de seu afeto.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">II- A origem da paranóia<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;"> Para Freud a paranóia se
dividia em sintomas primários e secundários, onde à descrença e a projeção surgiam
em primeiro plano seguido de delírio como sintoma secundário para justificar
sua posição. Seu estudo com relação à autobiografia do magistrado Schreber,
onde o autor é acometido por delírios de perseguição, Freud observa que o
paranóico é alguém que tem um profundo interesse pelo mundo e que percebe que
esse mundo está alterado e então constrói uma teoria para o seu universo. Outra
de suas observações foi em relação a ruptura que a paranóia ocasiona nos laços
sociais de amizade e lealdade, onde a sua tendência homossexual se vê reforçada
e seu gozo surge no discurso. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;"> O paranóico é o sujeito que se antecipa
aos fatos, para ele algo ocorreu ou está prestes a ocorrer, e ele não pode ser
pego de surpresa, sua concentração está no gozo do outro (perseguidor, amada),
ele possui uma certeza delirante, que pode ter sido sussurrada ou inventada por
ele mesmo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;"> A paranóia, a esquizofrenia e a melancolia
fazem parte das psicoses, diferentemente da neurose e histeria. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;"> Em o seminário livro 17 “ O avesso da
psicanálise”, Jacques Lacan afirma que o paranóico está fixado em um
significante mestre, significante esse denominado de S1 que comemora a irrupção
do gozo e o S2 como uma interpretação delirante ele segue na cadeia de
significantes, S1,S2, ... Apesar disso, esse S1 aproxima a paranóia da neurose, fazendo com que ela se afaste da
esquizofrenia, que nesse caso não existe um significante mestre S1. Ao
neurótico cabe recalcar esse significante mestre, enquanto que na paranóia ele
é retido, ou seja, apesar de existir um S1 para ambos, eles se diferem na
identificação do sujeito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;"> Para o neurótico o nome do pai barra o
desejo da mãe: NP/DM, enquanto que para o paranóico o que prevalece é o desejo
da mãe DM, que irá se promover uma significação enigmática (X) DM/X, ou seja o
significante mestre S1.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;"> É através desse S1 que ele se inscreve
como o um único, representante de todos os outros significantes, e estando
identificado a esse significante ele não faz o -1 em relação ao significante
nem ao gozo. Ele é o um no qual todos se referem e que está sendo observado por
todos, daí o caráter megalomaníaco do sujeito. Ele é o perseguido, o traído,
todos conspiram contra ele. E com esse saber, o sujeito em suas relações
pessoais delira, pois vive em um ambiente hostil, onde todos os traem e
perseguem. <i>Existe sempre um olhar</i>!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">Conclusão:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;"> São muitos os atos criminosos à partir do
delírio paranóico em que, muitas vezes promovem um apaziguamento delirante em
função de tentar lidar com o laço social. E na dificuldade de lidar com esse
laço, o sujeito paranóico comete o crime tendo como expectativa a ação da lei
em suplência ao Nome do Pai (NP) que barraria o Desejo da Mãe (DM) = NP/DM.
Essa lei jurídica que, pouco faz para proteger as vítimas do paranóico, seja
porque, não consegue ou por, pura falta de interesse em lidar com essa epidemia
social que vem crescendo assustadoramente no Brasil, mesmo com as medidas
protetivas e a Lei Maria da Penha.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">Bibliografia:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">FREUD</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">,
Sigmund (1911/1913<i>) O Caso Schreber</i> Artigos sobre técnica e outros
trabalhos. In: <i>Edição Standard brasileira das Obras Psicológicas Completas
de Sigmund Freud</i>. Rio de Janeiro: IMAGO, 1969 Vol. XII<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">LACAN</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">,
Jacques (1955-1956) <i>De uma questão preliminar a todo tratamento
possível da psicose</i>. In: <i>Escritos</i>. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar Editor, 1998.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">O Seminário – livro 23: O
Sinthoma </span></i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">[1975-1976]. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,
2007.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">O
seminário – Livro 17: “O Avesso da psicanálise” – 1969-70- Jorge Zahar Editor-
1992.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">Por:
Luiz Fernando Rodrigues Alves<o:p></o:p></span></i></div>
Luiz Fernandohttp://www.blogger.com/profile/07534657733896362865noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5891935986945395323.post-7866017607852195362015-03-31T10:11:00.000-07:002015-03-31T10:11:34.822-07:00Análise Terminável ou Interminável? <div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"> Em
seu livro, “ O Trauma do Nascimento”, Otto
Ranck tentou reduzir o tempo de uma análise, que segundo ele, toda a neurose
vinha pelo trauma do nascimento, onde a mãe seria a repressão primeva e que,
através da análise do trauma, o sujeito estaria livre de sua neurose. Essa
sua teoria, não foi muito bem aceita pelo grupo psicanalítico da época e nos
dias de hoje muito menos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"> Freud
relata em sua obra Análise Terminável e Interminável (1937), que tentou
acelerar a análise, como relata em sua publicação “ O Home dos Lobos” (1918),
quando no início do século, faz uma análise de um sonho que seu paciente Sergey
Pankejeff tivera, onde o mesmo rememora
uma cena primária do coito dos pais, o que gerou uma neurose infantil. Após
essa descoberta, Freud encerra a análise e o paciente retorna a seu país de
origem (Rússia). Anos mais tarde esse paciente volta com Freud, porém tinha se
tornado um psicótico em decorrência da não continuidade de sua análise e em
consequência da falência financeira do pós- guerra(1914-1918). Freud então, volta
a atendê-lo, até se refugiar em Londres
com a família e também por causa de sua doença, deixando com seus seguidores,
a continuidade da análise do paciente, que veio a falecer em maio de 1979. Tendo inclusive, um livro publicado
com o seu pseudônimo batizado por Freud de o Homem dos Lobos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt;"> Para Freud, a cura não é uma melhor
adequação ao externo, e sim, na possibilidade de retroceder ao passado do
sujeito e conhecer melhor as leis fantasmáticas.
Fazendo assim, uma nova leitura, para que ele possa entender o que o assombra. O efeito
dessa nova leitura irá gerar um novo fantasma, porém com maior grau de
simbolização formado por deslocamento e condensação. Com isso, faz-se uma nova
revisão, que a partir desse ponto, se percebe o interminável de uma análise. <b>A análise é interminável</b>, não dentro do
enquadre analítico, onde o processo se esgota, mas sim, no processo da análise
em que o sujeito deverá prosseguir utilizando o uso das interpretações na qual
adquiriu com a sua experiência de analisando. É claro que para que isso ocorra
se faz necessário que o analista tenha lhe entregue um código, o código no
qual, o sujeito decifrou o seu enigma.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-size: 12.0pt;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-size: 12.0pt;">Por: Luiz Fernando R. Alves<o:p></o:p></span></i></div>
Luiz Fernandohttp://www.blogger.com/profile/07534657733896362865noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5891935986945395323.post-78966445854132418332013-11-19T12:40:00.000-08:002013-11-19T12:42:37.285-08:00A Escuta Psicanalítica no Discurso do Sujeito Psicótico<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<b><i><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><br /></span></i></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXiFL0um7rd1gvgOA1BfVQUK0mal4-OFJgGjcxsMzw8ezE4-tlaVkuPdnj1JEr0VaCz3-hv-WZQMC5VBw88OqqFOTSLZYLx43-yiHaMsyKbcRpLtBwBNbz7FC2e42MTRYx4KeT-wv0Pv0/s1600/Fiocruz.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="60" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXiFL0um7rd1gvgOA1BfVQUK0mal4-OFJgGjcxsMzw8ezE4-tlaVkuPdnj1JEr0VaCz3-hv-WZQMC5VBw88OqqFOTSLZYLx43-yiHaMsyKbcRpLtBwBNbz7FC2e42MTRYx4KeT-wv0Pv0/s400/Fiocruz.png" width="400" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: EN-US; mso-no-proof: yes;"><span lang="EN-US" style="font-size: 11pt;"><br /><!--[endif]--></span><!--[endif]--></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<b><i><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><br /></span></i></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<b><i><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><br /></span></i></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<b><i><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Luiz
Fernando Rodrigues Alves<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<b><i><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">A Escuta
Psicanalítica no Discurso do Sujeito Psicótico</span></i></b><b><i><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><o:p></o:p></span></i></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 8.0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<i><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Trabalho de conclusão do curso de atualização
Fundamentos da experiência psicanalítica, apresentado com vistas à obtenção do
título de atualização na área de Saúde Pública.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 8.0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 8.0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 8.0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 8.0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Orientadora:
Profa. Dra. Clarice Gatto<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Rio de
Janeiro, novembro de 2013.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">SUMÁRIO</span></b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 18.0pt;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">I - Introdução<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 54.0pt; mso-list: l1 level2 lfo1; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">1.1<span style="font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">- O Caso
Schreber <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 54.0pt; mso-list: l1 level2 lfo1; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">1.2<span style="font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">- O
mecanismo da paranoia <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 54.0pt; mso-list: l1 level2 lfo1; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">1.3<span style="font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"> Forclusão do Nome-do-Pai <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 18.0pt;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">II -</span></b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"> <b>Conclusão<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 54.0pt; mso-list: l0 level2 lfo2; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">2.1<span style="font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">– Caso
Clínico <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 54.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 182.85pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 182.85pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 182.85pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">
<o:p></o:p></span></b></div>
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br clear="all" style="page-break-before: always;" />
</span></b>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 182.85pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Resumo <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 182.85pt; text-align: justify; text-indent: -1.0cm; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"> </span></b><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Este trabalho tem como objetivo discutir o conceito
de psicose em Freud a partir do caso Schreber e de Lacan a partir da evolução
do conceito de Forclusão em seu ensino. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"> Em
Freud, trata-se de um relato autobiográfico de um caso de paranoia (Dementia
Paranoides), onde Freud faz uma análise do magistrado Schreber que foi
acometido de dois surtos psicóticos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"> Em Lacan, o presente estudo apresenta a ideia
de uma forclusão do Nome do Pai na
psicose como algo que, ao mesmo tempo, a particulariza e a diferencia das outras
estruturas clínicas, para a proposição
de uma forclusão generalizada, que se estende também à neurose e a perversão. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Concluo
o presente trabalho com a apresentação de um único estudo de caso no relato de
um paciente diagnosticado com esquizofrenia paranoide, comparando seu discurso
às teorias de Freud e Lacan.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12.0pt;"> Palavras Chave: Forclusão. Esquizofrenia. </span><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Paranoia. </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Psicose. Psicanálise. Schreber.
Lacan, Jacques, 1901-1981, Freud, Sigmund, 1856-1939.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;">Abstract<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> This paper aims to discuss the
Freud’s concept of psychosis from Schreber’s case and Lacan’s from the
evolution of the concept of foreclosure in their teaching .<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> In Freud, it is an autobiographical report of a case
of paranoia (Dementia Paranoid), where Freud 's analysis of magistrate Schreber
who was stricken by two psychotic episodes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> In Lacan, this study presents the idea of a
foreclosure of the Name of the Father in psychosis as something that
particularized and differentiated from other clinical structures, for the
proposition of a widespread foreclosure, which extends also to neurosis and perversion.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> I conclude this paper by presenting a unique case
study in the report of a patient diagnosed with paranoid schizophrenia,
comparing his speech to the theories of Freud and Lacan.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;">Keywords: forclosure. Schizophrenia. Paranoia. Psychosis.
Psychoanalysis. Schreber. Lacan, Jacques, 1901-1981. Freud, Sigmund, 1856-1939
.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br clear="all" style="page-break-before: always;" />
</span></b>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">1. Introdução<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">1.1 O caso
Schreber<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 9pt; line-height: 150%;">
</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Publicado por Freud em 1911 como as
"Notas psicanalíticas sobre um relato autobiográfico de um caso de
paranóia", e baseado no estudo do texto autobiográfico <i>Memórias de um
doente de nervos</i><span class="apple-converted-space"> </span>(1903), de
Daniel Paul Schreber, Freud nos oferece uma ampla visão de sua teoria sobre as
psicoses tratando do delírio psicótico, da mesma forma que do sintoma
neurótico: ao invés de descartá-lo como manifestação patológica a ser
eliminada, busca encontrar nele um sentido aos sintomas apresentados.
Dedica-se, portanto, a uma análise cuidadosa do conteúdo do delírio de Schreber
que se crê perseguido por Deus, que lhe teria confiado à missão salvadora de se
transformar em mulher e gerar uma nova raça o que 1he permite formular a
hipótese de que o delírio seria uma defesa contra a homossexualidade, conforme
relata Freud<a href="file:///C:/Users/Intel/Downloads/7.%20Luiz%20Fernando%20(4).doc#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a><i>. <o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<i><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">
</span></i><b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"> </span></b><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Para Freud, o delírio de Schreber não deve ser
considerado simplesmente uma manifestação patológica, mas uma tentativa de
cura. A formação delirante que parece ser o produto patológico é na realidade,
uma tentativa de restabelecimento, um processo de reconstrução. O delírio é
concebido como uma manifestação característica do mecanismo, próprio da psicose,
no qual o que foi reprimido no interior, volta ao exterior.<span class="apple-converted-space"> <i><o:p></o:p></i></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span class="apple-converted-space"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">1.2 O
mecanismo da paranoia<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoFooter" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoFooter" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span class="apple-converted-space"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">
Freud defende que a paranoia é um
mecanismo de defesa na qual o sujeito para proteger-se de suas catexias sociais
instituais, é levado a algum lugar entre os estádios de autoerotismo,
narcisismo e homossexualismo. Freud cita ainda uma disposição semelhante aos
pacientes diagnosticados como esquizofrênicos (demência precoce), para ele o individuo
do sexo masculino possue uma fantasia de amar outro homem, e que a paranoia vem
em contra posição a esse desejo, conforme seu relato </span></span><a href="file:///C:/Users/Intel/Downloads/7.%20Luiz%20Fernando%20(4).doc#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="color: black; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span class="apple-converted-space"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">. No caso de Schreber o
amor pelo pai autoritário se faz latente, tendo sido substituído pelo amor a
Deus e que para promover tal desejo, se fazia necessário que ele pudesse se
transformar em uma mulher e assim gerar filhos que repovoariam a terra. O fato de amar um homem, faz com que o
paranoico diga que o odeia, evitando assim que o inconsciente invada o
consciente. Porém, esse eu odeio é substituído por ele me odeia, gerando como
produto final os delírios paranoicos de perseguição. O que ocorre é que o
perseguidor fora no passado alguém que foi amado, conforme relata Freud </span></span><a href="file:///C:/Users/Intel/Downloads/7.%20Luiz%20Fernando%20(4).doc#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="color: black; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span class="apple-converted-space"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">. </span></span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span class="apple-converted-space"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">1.3 Forclusão do Nome-do-Pai<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br />
Lacan retoma o caso Schreber nos
anos 1955-56, no seminário dedicado ao tema das psicoses. O texto De uma
questão preliminar a todo tratamento possível das psicoses (1958), escrito
entre a primeira e a segunda parte do<span class="apple-converted-space"> </span><i>Seminário
5</i>, é também dedicado à estrutura psicótica. Em ambos os textos, Lacan
retoma a concepção freudiana das psicoses a partir do mecanismo da<span class="apple-converted-space"> </span><i>Verwerfung</i><span class="apple-converted-space"> </span>freudiana, denominando-o<span class="apple-converted-space"> </span><i>forclusão</i>. O termo, de origem jurídica indica o uso de um
direito não exercido no momento oportuno e é utilizado por Lacan para descrever
aquilo que falta ao sujeito psicótico, a castração, enquanto ordenadora do
campo simbólico e, consequentemente, de suas relações com a realidade. Enquanto
na neurose a castração sofre recalcamento e na perversão ela é denegada, na
psicose ela permanece forcluída para o sujeito.<span class="apple-converted-space"> <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Segundo
Lacan, isso ocorre porque fracassa a operação metafórica que introduz o sujeito
no campo simbólico, à operação por meio da qual, como vem anteriormente, o
Nome-do-pai vem substituir-se ao desejo materno<a href="file:///C:/Users/Intel/Downloads/7.%20Luiz%20Fernando%20(4).doc#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Por causa disso, não existe aquilo
mediante o qual o pai intervém como lei.<span class="apple-converted-space"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> É
por isso que, para Lacan, a psicose decorre fundamentalmente da carência do
pai. Entretanto, essa carência não deve
ser entendida como a carência do pai na família e sim como a carência de uma
função. Para Lacan, é possível, concebível, exequível e palpável pela
experiência, que o pai esteja presente mesmo quando não está, o que já deveria
nos incitar a certa prudência no manejo do ponto de vista ambientalista no que
concerne à função do pai. Mesmo nos casos em que o pai não está presente, em
que a criança é deixada sozinha com a mãe, complexos de Édipo inteiramente
normais surgem nos dois sentidos: normais como normalizadores, por um lado, e
também normais no que se não normaliza, isto é, por seu efeito neurotizante,
por exemplo - se estabelecem de maneira exatamente homóloga à dos outros casos.
É nesse sentido que a presença ou ausência concreta do pai na família não é
suficiente para definir a carência de sua função. O pai de Schreber, por
exemplo, longe de ter sido um pai ausente, ficou conhecido pelo caráter
tirânico e extrema rigidez pedagógica, tendo sido autor de um tratado que
visava à educação infantil através da "ginástica terapêutica". Para
Lacan, portanto, nunca se sabe em que o pai é carente.<span class="apple-converted-space"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Assim, o que está em jogo na psicose
não é a presença ou ausência do pai na família, mas uma posição subjetiva em
que, ao apelo do Nome-do-Pai corresponda não à ausência do pai real, pois essa
ausência é mais do que compatível com a presença do significante, mas a
carência do próprio significante." “A Verwerfung será tida por
nós, portanto, como forclusão do significante”. No ponto em que,
veremos de que maneira, é chamado o Nome-do-Pai, pois, responder no Outro um
puro e simples furo, o qual, pela carência do efeito metafórico, provocará um
furo correspondente no lugar da significação fálica." A consequência dessa
função paterna é o retorno no real, do que ficou forcluído, cuja manifestação
clara é a alucinação. Para Lacan, "tudo o que é recusado na ordem
simbólica, no sentido da <i>Verwerfung</i>, reaparece no real”.</span><b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">2.
Conclusão<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> </span></b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A partir dos estudos de Freud e Lacan, podemos concluir que o
dizer do sujeito psicótico, surge na urgência de um desejo da mãe em função da
ausência do Nome-do Pai, como representante desse encontro a três, que se faz
muito bem representado no esquema proposto por Lacan<a href="file:///C:/Users/Intel/Downloads/7.%20Luiz%20Fernando%20(4).doc#_ftn5" name="_ftnref5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a>·,
onde o sujeito se pergunta “Que sou eu nisso?” Se questionando se ele sujeito é
um homem ou uma mulher.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> </span><b style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> </span></b><b style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> </span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">2.1 Caso Clínico</span></b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">
</span></b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O presente caso se refere a
fragmentos de sessões de J.L. (nome fictício) que foi meu analisando entre os
anos de 2005 a 2008, em sessões três vezes por semana, e que havia sido
diagnosticado pela clínica psiquiátrica como Esquizofrenia paranoide, a partir
dos 19 anos de idade. Nunca havia sido tratado com qualquer tipo de escuta
analítica, somente pela clínica psiquiátrica médica e foi internado uma única
vez, a seu pedido, logo após o falecimento de uma tia, que ocorreu poucos meses
após o falecimento de sua mãe, época em que completara 28 anos de idade. Nas
entrevistas preliminares J.L. havia terminado de completar 40 anos de idade.
Era um rapaz tímido, recluso, desconfiado que vivia sozinho e era tutelado por
duas irmãs (paternas mais velhas filhas de seu pai com a primeira esposa), que me pediram para atende-lo como
psicanalista, após ter sofrido uma
fratura no ombro em consequência de uma queda. Segundo relatado pelas irmãs, J.L. havia
simpatizado comigo já nas entrevistas preliminares, algo que não costumava
ocorrer com outros profissionais da saúde.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Logo que iniciou sua análise pude
observar que a transferência ocorreu de forma positiva, em virtude da
possibilidade de poder dizer o que lhe viesse à mente sem nenhuma
interferência, pois até então segundo dizia, nunca pode realmente se expressar,
tanto na fala como em gestos. Seu discurso era, de que, aos três anos de idade
presenciou a relação sexual de seus pais e que aquilo ficou identificado para
ele como um ato de violência, em que seu pai infringira a sua mãe. Relato esse
que sempre mencionava o pai como um homem rude e ignorante, que lhe causara
muitos males, dentre eles o fato de ter abusado sexualmente dele desde dos três
anos até a puberdade em torno dos 12 anos, período esse em que ele relatou o
fato a mãe e a tia (que residia no apartamento em um andar acima no mesmo
prédio) e ambas proibiram que o pai continuasse dando banho nele, pois eram
nesses banhos que o abuso acontecia conforme seu discurso. J.L. relatava que em
sua infância sentia uma atração pelos homens, mas ao mesmo tempo um medo de que
algo ruim pudesse acontecer a ele caso viesse a se relacionar com eles. Na
escola sofria bullyng de seus colegas que diziam que ele era gay, e que ele e
dois desses colegas masturbavam-se mutuamente no banheiro da escola. Relatou
também com grande riqueza de detalhes que foi amante dessa tia que o ajudara a
criar e que ela era alcoólatra e o seduzia desde pequeno, e ao completar 16
anos de idade ela o iniciara com sua primeira relação sexual. Segundo seu
relato ambos foram amantes por mais de dez anos até o falecimento dela, o que
gerou seu pedido de internação em uma clínica psiquiátrica. Perguntava sempre a
seu pai se haveria algum problema caso ele fosse homossexual, o que esse
respondia que, isso lhe traria sofrimento e preconceitos e seria melhor não
ser. Quando perguntava o mesmo a sua mãe, ela dizia que preferia ter um filho
preso ou mesmo morto, ao invés de um filho homossexual. No seu discurso em análise,
ele sempre repetia a seguinte frase, esperando uma resposta de confirmação de
minha parte:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">J.L “Mulher
gosta de homem rude!?”, se referindo ao amor da mãe ao pai e não a ele.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Eu “O que
você acha?”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">J.L. “Gosta!”...
Seguido por um silêncio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> A pergunta se repetia em todas as sessões
durante sua análise, o que caracterizava que no seu entendimento, a mãe não o
amava e sim ao pai, e que ele só tinha a tia amante como alguém que o amava. Tia
essa, que no seu discurso mantinha relações sexuais com ele várias vezes ao dia
durante anos. Seu primeiro surto psicótico ocorreu no primeiro ano de faculdade,
quando ouvia vozes que diziam: <i>“você é
viado” </i>(conforme lembrou em uma de suas sessões). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Agrediu fisicamente seu pai e sua mãe,
porém quando tentou o mesmo com a tia ela disse a ele que, “<i>se a agredisse perderia a mulher</i>
(amante)” e que, após essa ameaça, conseguiu conter o seu impulso, pois seria
muito difícil perder a única pessoa que o amava.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Esses fragmentos de caso nos dão uma
ideia dos relatos de um sujeito no seu discurso psicótico em que mesmo um pai
presente fisicamente, pode indicar no apelo do sujeito à lei a forclusão do
significante Nome-do-pai através de sua percepção com o seu mundo interno e
externo no que se refere aos significados. O que cabe aqui salientar é na sua
insistência em afirmar que o pai era rude e violento com ele e que o abusara
sexualmente, e todo o mal que lhe ocorreu durante sua vida, partiu desse
entendimento, conforme seu discurso afirmativo de que <i>“se tivesse tido um bom pai, talvez ele não tivesse enlouquecido”</i>. Referia-se
ao pai como LEÃO, devido ao perigo que ele representava, e que esse lhe causara
destruição física. Quando caminhava pelas ruas ficava o tempo todo olhando para
trás para não ser atacado e penetrado por ninguém, várias vezes caiu por andar
rápido em fuga conforme relato seu. Sua última fratura o levou a uma
deficiência física que não pode ser corrigida cirurgicamente, devido a sua
diabete que inclusive o levou a uma retinopatia (perda progressiva da visão). <o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> Atualmente
o atendo em sua residência quando ele me solicita e sempre escuto seu discurso
repetitivo no que diz respeito à ausência desse significante incondicionado que
é o significante Forclusão do Nome-do-Pai e as consequências psíquicas que
podem ocorrer ao sujeito foracluído.
Contudo, </span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; text-align: justify;">Lacan</span><a href="file:///C:/Users/Intel/Downloads/7.%20Luiz%20Fernando%20(4).doc#_ftn1" name="_ftnref1" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; text-align: justify;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[6]</span></span></span></a><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%; text-align: justify;">
indica, em seu seminário sobre Joyce, que “há um outro modo de chamar ao pai”,
a busca por uma psicanálise seria um desses modos?</span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> O termo demência precoce pode ser
observado pela sua incapacidade de elaborar alguns conteúdos básicos, que para
um neurótico, não haveria nenhum problema. As riquezas de detalhes no seu
discurso dão a clareza dos fatos acontecidos na sua infância e puberdade, porém,
após o desencadeamento de seu primeiro surto de passagem para a esquizofrenia,
esses detalhes entram na ordem do imaginário sem o recurso da articulação simbólica
o LEÃO, que a escuta analítica permite destacar, retorna no real para o
sujeito, mas no discurso analítico, em seu delírio, as perguntas: “Sou
homossexual, heterossexual ou bissexual? O que sou eu nisso?”, o inserem na
tentativa de cura da qual fala Freud.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 247.55pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 247.55pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 247.55pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 247.55pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 247.55pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<u><span style="line-height: 150%;"><span style="font-size: large;">Esquema L:</span><span style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></u></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 247.55pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 247.55pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 247.55pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYIQoPnCSvtTdwOwL2_0ZdK2A3XYsJON_hyphenhyphenRFl-AA_1QNipy33PjPZRsHVZ4qBBKRFBUQTbvfheA0epbTlk2qrTx8duCM5YYBWRUS5nIyTXOiJdYnICx6zzuknXK4DmnlyJqol_V2Y_fE/s1600/Esquema+L.jpg" imageanchor="1" style="background-color: #f3f3f3; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYIQoPnCSvtTdwOwL2_0ZdK2A3XYsJON_hyphenhyphenRFl-AA_1QNipy33PjPZRsHVZ4qBBKRFBUQTbvfheA0epbTlk2qrTx8duCM5YYBWRUS5nIyTXOiJdYnICx6zzuknXK4DmnlyJqol_V2Y_fE/s400/Esquema+L.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 247.55pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 247.55pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 247.55pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br clear="all" style="page-break-before: always;" />
</span></b>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Referências
bibliográficas<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">FREUD</span></b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">, Sigmund (1911/1913<i>) O Caso Schreber</i> Artigos sobre técnica
e outros trabalhos. In: <i>Edição Standard
brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud</i>. Rio de
Janeiro: IMAGO, 1969 Vol. XII<b><o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">LACAN</span></b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">, Jacques (1955-1956)
<i>De uma questão preliminar a todo tratamento possível da psicose</i>. In: <i>Escritos</i>. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-size: 12pt; font-style: italic;">O Seminário – livro 23: O Sinthoma </span></span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">[1975-1976]. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><br /></span></div>
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
</div>
</div>
</div>
<div>
<!--[endif]-->
<div id="ftn1">
<div class="MsoNormal">
<a href="file:///C:/Users/Intel/Downloads/7.%20Luiz%20Fernando%20(4).doc#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span style="font-size: 10.0pt;">(...) O próprio paciente informou o mundo de sua
fantasia de ser transformado em mulher (...)”. O Caso Schreber- Vol. XII-
1911, p. 62.<b><o:p></o:p></b></span></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFooter">
<a href="file:///C:/Users/Intel/Downloads/7.%20Luiz%20Fernando%20(4).doc#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-size: 10.0pt;"> <span class="apple-converted-space"> </span>(...)
é uma fantasia de desejo homossexual de amar um homem (...). Sobre o Mecanismo
da paranoia Vol. XII - 1911, p. 85<span class="apple-converted-space">.</span></span></div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoFooter" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///C:/Users/Intel/Downloads/7.%20Luiz%20Fernando%20(4).doc#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 10.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a>
<span style="font-size: 10.0pt;">A preposição ‘eu (um homem) o amo’ é
contraditada por: (a) Delírios de perseguição, (...) Sobre o Mecanismo da
paranoia Vol. XII – 1911, p. 86.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn4">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///C:/Users/Intel/Downloads/7.%20Luiz%20Fernando%20(4).doc#_ftnref4" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a> Lacan J.
“É a falta do Nome-do-Pai nesse lugar que, pelo furo que abre no
significado, dá início à cascata de remanejamento do significante de onde
provém o desastre crescente do imaginário, até que seja alcançado o nível em
que significante e significado se estabilizam na metáfora delirante”, in: <i>Escritos 1</i>958, p. 584.</div>
</div>
<div id="ftn5">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///C:/Users/Intel/Downloads/7.%20Luiz%20Fernando%20(4).doc#_ftnref5" name="_ftn5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a> Lacan, Jacques, <i>Escritos</i><span style="font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"> </span>(1955-1956)
<i>De uma questão preliminar a todo
tratamento possível da psicose</i>, Esquema L, p. 555.</div>
<div class="MsoFootnoteText">
<span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[6]</span></span><!--[endif]--></span> Lacan,
Jacques. <i>O Seminário, Livro 23: O
Sinthoma </i>[1975-1976]. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007, p.163. <span lang="EN-US"><o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
<br />Luiz Fernandohttp://www.blogger.com/profile/07534657733896362865noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5891935986945395323.post-64646817901862128722013-11-14T15:48:00.001-08:002014-08-20T05:26:35.391-07:00A Maternidade e Paternidade na família homo-afetiva<div style="text-align: justify;">
Quando nos referimos a família, pensamos sempre em pai (homem) mãe (mulher) e filho(as). Porém nem sempre esse conceito de família coincide com a atual realidade. O que estamos testemunhando na atualidade são, novas famílias que estão sendo denominadas homo-afetivas, famílias essas que se constituem de maneira diferenciada das famílias heterossexuais. No que diz respeito a essas famílias, a presença de duas mães ou dois pais são a norma e seus filhos são fecundados através dos gametas de um dos pares in vitro. Em alguns casos a adoção é uma segunda opção.. O que se tem discutido no meio psicossocial e religioso é, de que maneira essas crianças oriundas de famílias homo-afetivas irão se identificar em sua sexualidade quando forem adultas? Pois bem, cabe lembrar que seus pais em sua grande maioria são oriundos de famílias heterossexuais e que tiveram padrões de normas e condutas dentro desse contexto, e que em determinado período de suas vidas se descobriram homossexuais apesar da orientação oposta de seus pais. Isso nos faz pensar que, mesmo dentro de padrões de organização homossexual na família, pode-se gerar pessoas que não tenham a mesma orientação sexual, logo, podemos perceber que o fato do sujeito ser oriundo de uma família homo-afetiva, não necessariamente, será ele em sua vida adulta um homossexual por indução do direcionamento de seus pais, como ocorre dentro de uma família heterossexual. As escolhas e desejos são da ordem do inconsciente de cada sujeito. E mesmo que, o meio possa, de alguma forma interferir na sua escolha (seja de uma família ou de outra), o que irá prevalecer é o sujeito do inconsciente, caso contrário, se instala o sintoma como representante do real no protesto do significante desejo.</div>
Luiz Fernandohttp://www.blogger.com/profile/07534657733896362865noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5891935986945395323.post-82361962402584694142012-10-08T16:49:00.000-07:002012-10-08T16:49:16.094-07:00Uma breve explicação na formação de um Ego estruturado.<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Segundo a teoria
psicanalítica de W.Bion, onde Continente (Representante mãe) e Conteúdo
(Representante bebê) , se faz à partir do momento em que o infante se direciona
a mãe, seja através do choro, olhar ou mesmo do silêncio, direcionando a ela,
elementos não entendidos para que a mãe possa traduzi-los e ao mesmo tempo, retornar ao bebê em forma de
continente como elementos Alfa. Ou seja, acalmar e fazer com que ele perceba
que existe alguém ou algo que está ali para atender as suas necessidades. Quando esse processo não ocorre de forma
adequada, seja por dificuldade da mãe de se fazer continente em elaborar os conteúdos
enviados pelo seu bebê, pode ocorrer um entendimento de total desamparo do
bebê, iniciando à partir daí um sintoma, que irá surgir mais a frente podendo
persistir para o resto de sua vida. Isso explicaria muito bem alguns casos de
autismo, onde a criança não interage com o meio a sua volta, criando um
universo paralelo, onde não existe o EU / TU, e sim EU e objetos inanimados,
isso em função dos conteúdos enviados não terem sidos processados pela mãe e ao
mesmo tempo não retornando como elemento alfa, ficando assim contidos no bebê
como algo de grande ameaça, gerando uma
ausência do outro como objeto de amparo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Segundo Bion, o que
impede que ocorram sintomas, sejam eles de grande complexidade como o autismo e
as psicoses, é o fato do sujeito bebê, ter uma mãe continente e ao mesmo tempo
ser ele capaz de conseguir receber esses conteúdos alfa, elaborando para si a
possibilidade da formação de um EGO bem estruturado. A isso Bion deu o nome de </span><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;">K</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"> (knowledge) que significa conhecimento. E </span><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;">-K</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">, que seria o inverso, onde o sujeito não teria
esse conhecimento ou a possibilidade de entendimento necessário para o formação
de um EGO estruturado para sua existência dentro das exigências da civilização.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> O que fazer quando esse </span><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">K</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> não está presente após a
primeira infância? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Seria através das sessões de
psicanálise, onde o analista irá representar a posição de continente no lugar
da mãe, interpretando os conteúdos </span><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">-K</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> que serão
enviados pelo analisando através da
fala. Esses conteúdos, irão retornar ao
analisando como elementos alfa sendo eles elaborados e criando assim um
entendimento </span><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">K</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">
necessário para uma existência satisfatória.<o:p></o:p></span></div>
Luiz Fernandohttp://www.blogger.com/profile/07534657733896362865noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5891935986945395323.post-34719222419057815672012-10-06T10:05:00.001-07:002013-01-11T10:35:40.855-08:00A psicanálise à distância. Uma realidade antiga e atual.<h2>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br />
<h2 style="text-align: start;">
<div style="margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: '', sans-serif, '', serif;">Em sua obra “<span class="apple-converted-space"> </span><b><i>Análise de uma fobia em um menino de cinco anos”</i></b><span class="apple-converted-space"> </span>publicada em 1909, Freud apresenta um caso de um menino ( que ficou conhecido como o pequeno Hans) que nasceu em 1903 e fora acometido por uma neurose fóbica, devido ao seu complexo de Édipo em decorrência dos afetos de sua mãe e pela autoridade de seu pai, que apesar de atencioso, aos olhos do pequeno Hans era um obstáculo entre o amor dele e de sua mãe. O que se pode observar é que essa análise começa antes do menino completar três anos e perdura por cerca de dois anos aproximadamente. Mas a questão não é a idade e nem o tempo de duração e sim a forma como se fez. Naquela época o único meio de comunicação à distância entre as pessoas comuns eram através de cartas escritas em papel e que levavam semanas ou mesmo meses para que chegassem a seu destinatário. Pois bem, o pai do pequeno Hans era um médico aluno de Freud que residia na Gmunden (na alta Áustria) enquanto que Freud se encontrava na capital Viena. Sendo assim foi des<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=5891935986945395323" name="_GoBack"></a>sa maneira que ambos resolveram fazer uma análise da neurose em que se encontrava o menino.</span><span style="font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: '', sans-serif, '', serif;"> O que se pergunta é: Pode uma análise ser bem sucedida sem a presença do analisando junto ao seu analista? Pois bem, no caso do pequeno Hans a análise se fez através de seu pai que tinha algum conhecimento das técnicas psicanalíticas de Freud, e que relatava fidedignamente os sintomas que Hans apresentava, e que eram muito bem interpretados pelo mestre. Conforme o menino ia crescendo seus sintomas iam mudando e no decorrer de toda a sua análise Freud apontava ao pai o porquê de cada sintoma que identificado era rapidamente tratado pelo pai e pela mãe no sentido de dar segurança ao menino, principalmente após o nascimento de sua irmã mais nova. Passados dois anos do fim de sua análise, Freud não soube mais do pequeno Hans, porém na primavera de 1922, um rapaz que leu seu artigo publicado veio se apresentar a ele dizendo que era o pequeno Hans e que na época já havia completado dezenove anos e se tornara um rapaz forte e inteligente sem nenhum traço neurótico que o impedisse de levar uma vida normal. Para Freud isso foi muito bom, pois não sabia o que havia acontecido com aquele menino que tratara há mais de dez anos atrás</span><span style="font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: '', sans-serif, '', serif;"> Então, voltando à pergunta. Pode ou não uma análise ser bem sucedida à distância? Ao meu entender, pode sim! Se em uma época em que os meios de comunicação eram tão difíceis e ineficientes, imagine hoje onde podemos estar frente a frente com nosso paciente através da tela de um computador. O caso do pequeno Hans é uma análise em que o analisando não estava diretamente relacionado com seu analista, porém foi através de seu pai que o enquadre analítico se fez em sua própria residência. Em um atendimento online, (via SKYPE, por exemplo) o paciente e seu analista fazem seu enquadre num duplo ambiente, onde o ambiente em cada qual se encontra passa a ser o set terapêutico. Se ficar, frente a frente em uma sala torna o enquadre mais íntimo, à distância o Eu / Tu se mantém, não impedindo que os conteúdos apresentados pelo analisando sejam interpretados por seu analista. Talvez a falta de um divã fosse uma desculpa para que não houvesse sucesso. Mas por que não deitar em um sofá ou cama sem olhar para tela com a câmera apontada de forma que o analista possa vê-lo enquanto ele analisando olha para cima. Ou face a face via tela. Tudo é possível! O enquadre pode ser montado conforme achar melhor tanto analista como analisando, o que vem ser válido é que ocorra a análise seja ela presencial, seja ela à distância, pois as resistências e os mecanismos de defesa estarão sempre presentes em ambos os casos. O que ocorre é que análise à distância pode ser a única maneira de se analisar uma pessoa que esteja com alguma fobia ou impossibilidade de se locomover até o seu analista, ou mesmo para aqueles que já estão em análise presencial e precisam viajar por motivos de trabalho ou familiar. As ferramentas tecnológicas estão aí! As Universidades já estão usando e graduando seus alunos via online. Não podemos,nós analistas, ficarmos de fora, como se isso não existisse. Freud com certeza usaria essa ferramenta caso a tivesse no início do século XX. E o pequeno Hans iria com certeza interagir muito bem com ele através da tela de seu computador. </span><br />
<span style="font-family: '', sans-serif, '', serif;"><i>Por: Luiz Fernando R. Alves</i></span></div>
</h2>
</div>
</h2>
Luiz Fernandohttp://www.blogger.com/profile/07534657733896362865noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5891935986945395323.post-26109407346241674792012-07-22T10:44:00.000-07:002012-07-22T10:45:48.059-07:00Os sonhos e seus significados<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Em sua obra a “ A interpretação dos Sonhos” de 1905, Freud faz uma grande revelação de sua descoberta
para a psicanálise, nela o autor afirma que todos os sonhos são desejos
reprimidos no inconsciente. E o que dizer dos famosos pesadelos? Pois é, como
explicar ao paciente que aquele sonho horrível e angustiante era um desejo
reprimido? Segundo Freud o sonho de angústia (pesadelo) vem de forma deformada
e muitas vezes fragmentada em vários episódios durante toda a noite de sono.
Nem sempre nos lembramos de todos os sonhos que ocorrem durante uma noite,
geralmente só o último ou aquele em que nos acorda no meio da noite. Para o
sonhador muitas das vezes esse sonho nada significa, porém para o analista, é
uma peça fundamental do quebra cabeça da análise de seu paciente,
principalmente nas sessões iniciais, onde os mecanismos de defesa do ego ainda
não foram ativados, algo que vem a ocorrer mais tarde quando começam as
interpretações, não só dos sonhos, como do discurso do próprio analisando. Quando interpretamos um sonho de angústia para
o paciente, ele na maioria das vezes não entende bem, os significados dessa
interpretação, e quando concordam ou dizem concordar, nas sessões seguintes ou
os sonhos deixam de ser apresentados na análise ou são esquecidos logo após o
acordar. Por quê? Porque as
interpretações na maioria das vezes estão relacionadas a desejos proibidos, que
para a os valores sociais e religiosos da civilização, seriam inaceitáveis.
Esse seria o motivo de muitas desistências durante a análise, nem todos
suportam ou concordam com as interpretações de seu analista, não que toda
interpretação seja infalível, porém existem sonhos clássicos que Freud já
interpretava em sua análise e que são ouvidos nas sessões atuais, como cair de
um penhasco, entrar ou sair de uma casa, voar, estar despido em público, etc..
São sonhos que se repetem até hoje nos analisandos e mesmo nos sonhos dos
analistas. Analisar um sonho é estar meio caminho de uma boa interpretação de
algum sintoma ou mesmo dificuldade em que o analisando esteja passando naquele
momento. Os sonhos são fragmentos de momentos passados na infância ou juventude
camuflados com acontecimentos do dia atual a análise. Tanto que os sonhos das
crianças são os mais fáceis de interpretar, não possuem tantos mecanismos de
defesa, o ego é mais flexível, o que já não acontece com o ego de um adulto.
Freud sempre falava dos sonhos infantis como os mais simples de interpretar,
porém nos adultos a coisa já é um pouco mais complicada. Um dos sonhos clássicos
e com relação a o paciente que ele denominou como o <i>Homem dos Lobos,</i> pois esse paciente relatou que num sonhos ainda na
infância, ele via de sua janela vários lobos brancos em cima de uma árvore olhando para ele, e
quando ele acordou gritou chamando sua babá. Freud interpretou o sonho da
seguinte maneira: Tratava-se de uma
lembrança de quando ainda muito pequeno presenciou seus pais em ato sexual,
onde a posição do coito (coito por trás) era como a de dois lobos e que no ato
os pais sabiam que ele estava observando, por isso os lobos em cima da árvore olhando
para ele. Foi à partir dessa interpretação que o paciente teve uma melhora acentuada de seus
sintomas neuróticos que tinham origem desse fato ocorrido há muito tempo atrás.
Esse é apenas um exemplo de uma de suas interpretações, ele mesmo interpretava
os seus próprios sonhos, iniciando assim o processo de autoanálise em que todo
analista precisa fazer.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>Luiz Fernandohttp://www.blogger.com/profile/07534657733896362865noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5891935986945395323.post-48654576536717534312012-05-26T15:55:00.001-07:002012-05-27T09:20:35.988-07:00O DESEJAR<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Na concepção psicanalítica,
o que move a existência humana é o fato de sermos seres desejantes, ou seja, a
nossa existência parte do principio que sem
desejo não há motivo para existir. Nos demais seres como os animais o desejo
não existe, e sim a necessidade. Um leão não deseja e sim necessita. Para ele
comer, beber, dormir e se acasalar é o que rege sua existência. Porém para o
homem isso não basta, nossas necessidades vão muito além do básico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Tomemos com exemplo uma
pessoa que nasceu com poucos recursos e que só tinha o básico para a vida na
sua infância. Com o passar dos anos essa pessoa consegue ascender financeiramente
na vida e o que ela precisava para a sua sobrevivência já não é o suficiente,
principalmente se ela vive em um sistema capitalista que dita que você é o que
você tem e não o que você sabe.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: #fff9ee; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Para
Freud desejar faz parte da singularidade humana, pois segundo o
desenvolvimento psíquico se divide em duas etapas, que são elas</span> :<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Eu
ideal </span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">e <b>Ideal do Eu</b>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> O
Eu Ideal</span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">diz respeito a fase do bebê, quando o fato de sermos o
que somos já nos basta, o que não deve ocorrer em uma fase adulta, pois caso o
sujeito ache que ele é o produto final de sua existência, isso sim o irá torna-lo um ser patológico. Ele não irá promover uma evolução diária em sua
vida e não poderá se relacionar de forma adequada com outras pessoas, pois ele
por si só se basta e quem quiser que o aceite do jeito que ele é. É o que entendemos como Narcismo.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Já o <b>Ideal do Eu</b> é o que faz com que não nos conformemos com a nossa
condição atual, e estamos sempre em busca de melhorar e mudar nossas vidas, o<b>
ideal do eu</b> é o que representa o desejo, desde que não seja de maneira compulsiva,
ele é que representa uma vida plena e de consequentes mudanças,
independentemente da idade. Desejar faz parte da condição humana e de certa
forma é isso que nos faz ir adiante, o que não devemos é desejar o que não é
possível, ou pelo menos o que não está a nosso alcance naquele momento. O que
não quer dizer que em algum momento futuro esse desejo não possa ser
conquistado, mesmo porque segundo Lacan <i>" Ceder na linha do nosso desejo, causa depressão".</i><o:p></o:p></span></div>Luiz Fernandohttp://www.blogger.com/profile/07534657733896362865noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5891935986945395323.post-2988233775338209832011-08-12T17:37:00.001-07:002013-03-08T11:40:51.875-08:00Quando começa e quando termina uma análise?<div class="Body1" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="body1" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br />
<div class="MsoNormal" style="background-color: #fff9ee; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Essa
pergunta foi feita por Freud em uma palestra aos seus ouvintes, e se encontra
em sua obra e que de certa forma não houve uma resposta concreta com relação à
pergunta.</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Porém ao meu entender uma análise não começa</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> à </span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">partir</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">do primeiro encontro entre
analista e analisando, e sim no momento em que os sonhos expostos nas sessões e
os insights começam a ser interpretados por ambas as partes, elaborando os
conteúdos dos mesmos de forma concreta e inteligível. Isso seria um começo de
uma psicanálise Freudiana tradicional.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #fff9ee; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Porém quando termina uma análise?</span><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 11.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #fff9ee; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Com relação ao término, essa pergunta nunca foi
esclarecida de forma concreta por nenhum dos grandes mestres da psicanálise,
mesmo porque cada caso é único e nem sempre o paciente suporta o fim de sua
análise junto ao seu analista. Mas ao meu entender, uma análise depois de
iniciada, nunca mais irá terminar. Mas por quê? Muito simples!</span><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 11.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #fff9ee; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Para que uma pessoa possa entrar em processo
analítico (ou seja! Possa ser analisada), é necessário que ela possua uma
capacidade de entendimento e cognição mínima. E sendo assim o que pode
acontecer é que esse paciente desista por não possuir essa capacidade mínima
para progredir na análise ou até mesmo venha a mudar de psicanalista (por não
ter ocorrido um enquadre terapêutico satisfatório).</span><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 11.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #fff9ee; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Porém quando ocorre o fim de uma análise no sentido
de uma concordância entre ambos (analista e analisando) a análise continua pelo
aprendizado do analisando que no decorrer de sua análise aprendeu a se
autoanalisar, o que não impede que se volte a análise caso sinta
necessidade de algum entendimento como nós psicanalistas o fazemos em
nossa supervisão para solucionar qualquer dificuldade com relação ao
entendimento das questões apresentadas por algum paciente ou com nós mesmos. Na
verdade uma psicanálise bem feita, uma vez começada, jamais irá terminar, pelo
simples fato de que estamos sempre em auto análise de nossas vidas, até porque
sem isso ficaríamos reféns de todas as neuroses que nos cercam no dia a dia e
que nos impossibilitaria no nosso desenvolvimento mental e principalmente emocional.</span><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 11.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #fff9ee; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<i><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Por: Luiz
Fernando R. Alves</span></i><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 11.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
Luiz Fernandohttp://www.blogger.com/profile/07534657733896362865noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5891935986945395323.post-57796481081671353192011-04-19T12:41:00.000-07:002013-01-11T10:30:22.755-08:00Sou Onde Não Penso ( Inconsciente ). Penso onde não Sou (Consciente)<div style="text-align: justify;">
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: medium;">Pois bem começo
com esse título de pura reflexão num momento em que as ações do homem não são
de sua total consciência. Como já dizia Freud " Não somos donos de nossa
própria casa". Onde o gênio fazia uma alusão a nossa incapacidade de
controlar os impulsos instituais que nos acomete a todo tempo.</span><span class="apple-converted-space" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;"> </span><b style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">Sou onde não penso<span class="apple-converted-space"> </span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: medium;">nada mais é que a nossa real
identidade que está lá no fundo de nosso inconsciente, enquanto que ao</span><span class="apple-converted-space" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;"> </span><b style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">pensar onde não sou</b><span class="apple-converted-space" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;"> </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: medium;">nada mais é que a nossa consciência
reflexiva que nos permite interagir com o meio que nos cerca. Trago esse tema
para aludir os últimos acontecimentos com relação a dita chacina em uma escola
pública no Rio de Janeiro. Dita porque na verdade o</span><span class="apple-converted-space" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;"><b> </b></span><b style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">ser onde não pensa<span class="apple-converted-space"> </span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: medium;">do assassino das crianças não
estava chacinando elas! Estava sim matando os fantasmas do passado que o
assombravam há muitos anos provavelmente, sem que ninguém da família
percebesse, e se percebeu não ligou. Aliás, o que mais se faz dentro de um
contexto familiar é não ligar, por isso é que as coisas estão como estão. Esse
sujeito que</span><span class="apple-converted-space" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;"> </span><b style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">pensava onde não
era</b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: medium;">, na verdade não tinha a menor </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 19px;">ideia</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: medium;"> de que ele nada era ou foi na vida,
isso fica bem esclarecido quando nas investigações policiais onde entre
diversos fatores, foi descoberto que o sujeito sofreu bullyng na mesma escola
em que aconteceram as mortes.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">Por trás
de toda essa psicose nem os valores divinos puderam segurar o<span class="apple-converted-space"><b> </b></span><b>ser onde não pensa,</b>
muito pelo contrário foi em nome desses valores que ele<span class="apple-converted-space"> </span><b>pensou onde não era</b><span class="apple-converted-space"> </span>para executar seus atos psicóticos.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">Fica aqui
uma a frase de dois pensadores para uma reflexão.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">René
Descartes dizia que:<span class="apple-converted-space"> </span><b>se penso,
logo existo</b>.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">Porém 300
anos depois chega Freud e diz:<span class="apple-converted-space"> </span><b>Se
sinto, logo sou</b>.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">Ou seja
não adianta só pensar, antes de tudo temos que saber o que sentimos para
descobrirmos o que somos. Se é que isso é possível!<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<i><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">Por: Luiz
Fernando R. Alves</span></i><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
</div>
Luiz Fernandohttp://www.blogger.com/profile/07534657733896362865noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5891935986945395323.post-6452710599800878292010-11-09T11:12:00.000-08:002013-01-11T10:14:11.199-08:00Egossintonia e Egodistonia na Clínica Psicanalítica<div class="MsoNormal">
<br />
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">A
egossintonia e entendida pela psicanálise como uma falsa adaptação do ego as
suas ações e sintomas apresentados, não sendo percebidos pelo sujeito. Ocorre
principalmente nas perversões e psicopatias. Esse termo como o próprio nome já
diz faz com que haja uma sintonia entre o ego e o sintoma, ou seja, não ocorre
a percepção do sujeito que as suas palavras, e principalmente os seus atos
estão afetando o seu relacionamento com o mundo exterior, porque para ele não
parece haver nenhum problema. Nas perversões isso fica bem claro, como nos
relacionamentos sádicos em que o sujeito não percebe que o outro está em
sofrimento pelas suas atitudes, isso porque o outro para ele está na condição
de objeto de desejo sádico e não amoroso. A dor do outro não é percebida ou não
vista, mesmo porque o outro é considerado como se fosse integrado a ele mesmo,
como se ambos fossem um único corpo. Isso é bem percebido quando ocorre nos
casos de pedofilia e nas psicopatias onde a violência está em
primeiro plano.</span></i><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">A
egodistonia já é uma não adaptação do ego aos impulsos oriundos tanto do meio
exterior como os internos como nos casos das neuroses e psicoses. O sujeito
entra em conflito com as necessidades impostas ao ego e percebendo isso ele
gera sintomas que são percebidos parcialmente<span class="apple-converted-space"> </span>nas
suas ações e nas palavras, porém, isso não quer dizer que os entenda e nem
aceite<span class="apple-converted-space"> </span>apontamentos externos. O
que difere é que ele percebe o sofrimento do outro pelas suas ações e sofre com
isso, mesmo que não saiba o por que.</span></i><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></div>
<u1:p></u1:p>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">Essas diferenças
em egossintonia e egodistonia é que vai determinar a possibilidade de
tratamento ou não na clínica psicanalítica. Nos casos de egodistonia, o
tratamento se faz com muito mais eficácia, o que já não ocorre nos casos de
egossintonia onde o sujeito está bem adaptado aos sintomas.</span></i><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></div>
<u1:p></u1:p>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">Por: Luiz
Fernando R. Alves</span></i><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
Luiz Fernandohttp://www.blogger.com/profile/07534657733896362865noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-5891935986945395323.post-33370412774578645162010-05-04T14:48:00.000-07:002013-11-14T15:56:51.877-08:00A diferença entre Homossexualidade e Pedofilia<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O termo Homosexualidade vem junção das palavras grega homo=igual e do latim sexus=sexo, então vejam bem o significado! Gostar do mesmo sexo no sentido de sentir desejo pelo mesmo ser do mesmo sexo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Já o termo pedofilia vem do grego “paidophilia”, onde pais=criança e philia=amor, amizade, afinidade, atração, atração patológica ou tendêcia patológica, segundo o dicionário Aurélio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Pois bem, com essas duas palavras bem definidas nos termos de tradução de ambas: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><u>Homossexualidade e Pedofilia,</u></b> já fica bem claro que é um absurdo O Papa Bento XVI vir a publíco e dizer que os pedófilos da Igreja Católica (que venhamos dizer, não são poucos), são formados por grupos de sacerdotes com orientações homossexuais. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Na antiga Grécia muitos séculos antes de cristo, já era comum aos gregos as relações homosexuais entre homens mais velhos com mais jovens. Essas relações eram baseadas entre o tutor de porte masculino, com jovens puberes de porte ainda feminos que eram educados e ensinados por esses tutores. Quando esses jovens chegavam a maior idade ou tornavam-se homens eles mesmos passavam a ensinar as novas gerações e mantinham relações sexuais com eles. Ou seja isso se repetia a cada geração de forma aceita para a sociedade daquela época. Com o início do Império Romano ( que foi fortemente influenciado pela cultura Grega) o ato de homens mais velhos se relacionarem com crianças, principalmente homens com meninos continuou<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>nessa nova civilização. Com a queda do Império Romano pelos barbáros cerca de 300 anos depois de cristo se fez necessário dar continuidade aos poderes de Roma, e a única forma disso acontecer seria se aproveitando de uma seita conhecida na época como cristianismo, dando assim continuidade ao império que agora deixava de ser uma força bélica e passava a se tornar uma potência religiosa, que continuou a manter as suas convicções através da força e perverções que sempre caracterizaram o antigo império Romano. Por que então achar que os sacerdotes e papas que vinham dessa linhagem de legionários e senadores romanos, mudariam as suas tendências sexuais. Ou seriam orientações? Será que a Pedofília não seria uma forma de sexualidade? Ou seria uma psicopatologia? Bem isso depende aos olhos de quem vê. É muito comum nas guerras onde o exército vencedor formado por homens de família bem educados, muitos casados e até com filhos estuprarem não só mulheres, mas também crianças (meninos e meninas) e depois voltarem a sua pátria e<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>voltar a vida normal como se nada tivessem feito. Isso é patológico ou é normal na natureza humana? Ficamos sem saber. Por que ficamos sem saber ? Porque não podemos julgar o homem quando colocado em situações em que ele não gostaria de estar. E um campo de batalha é uma delas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Então vamos ao meu entendimento:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Os homossexuais não são pedófilos ! E isso é certo, pois o desejo de um homossexual é exclusivamente por outro homossexual (cabe dizer que os bissexuais estão incluídos), independentemente de seu papel ativo ou <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>passivo dentro de uma relação, ele pode até ter uma relação com um jovem, porém esse jovem já passou da puberdade e já pode ejacular, não possuindo mais aquele corpo infantil, sem pelos pubianos e com uma inocência típica das crianças na pré puberdade ou até mesmo na primeira infância. Esses homossexuais podem ser do tipo fixo ou ocilantes que ora gostam de homens e ora gostam de mulheres (Bissexuais). Podem ser afeminados ou masculinizados ao extremo, chegando até ser violentos se necessário. Mas de forma alguma eles desejam ter relações com crianças, seus objetos de desejo são pessoas já formadas e que eles possam se relacionar de forma integral. São muito ativos e dificilmente apresentam qualquer tipo de disfunção erétil. Fazem uso de prostitutos e prostitutas quando necessário para satisfazerem seus desejos. Ou seja são pessoas que não devem nada a sociedade como um todo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Os ditos Pedófilos já estão em outra categoria. Os verdadeiros pedófilos estão sempre no meio de crianças, grupos de meninos ou meninas (Escola de futebol, escoteiros, bandeirantes e por que não dizer entre os sacerdotes). Por que sacerdotes? Porque simplesmente é o posto de maior autoridade divina (Deus) onde um pedófilo pode ficar a vontade para satisfazer as suas necessidades sexuais. Os pedófilos são em geral homens que possuem pouca eficiência na qualidade de sua sexualidade, geralmente apresentam ejaculação precoce ou impotência sexual, porém podem com facilidade penetrar em um menino ou menina, pois para o pedófilo o sexo não é o que importa e sim a inocência e a incapacidade de defesa do outro. Isso é o que excita o pedófilo é a falta de uma compreensão do outro no que diz respeito a sexualiade. Geralmente são crianças que são confiadas a esses sacerdotes para um aprendizado religioso e se sentem na obrigação de cumprir tudo aquilo que lhes é ensinado como expliquei no começo, (lá em cima com os Gregos e Romanos). A diferença é que eles não respeitam os limites físicos e o mais importante a pouca idade do infante. Uma relação entre um homem de 30 nos e um rapaz de 15 sendo ela consensual, não haveria nenhum problema para aqueles povos antigos. Já para a civilização moderna isso é inadimissível, fazendo assim com que esses pedófilos que poderiam esta se relacionando com jovens passem a usar crianças que mesmo naqueles tempos antigos seria considerado um crime pois as relações só poderiam ocorrer após a puberdade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Com isso temos uma pequena idéia no que se refere a diferença entre essas duas categorias de desejos sexuais. É obvio que isso é um pequeno resumo, a coisa vai muito mais além. No meu entender pedofília é a relação entre um Adulto e um infante e homossexualismo é a relação entre pessoas do mesmo sexo à partir da puberdade de forma consensual. E que por isso há uma grande diferença. Fico impressionado quando alguém me diz que os sacerdotes da Igreja Católica são pedófilos ou homossexuais, porque eles não podem casar! Isso é um grande engano. Como se os pedófilos quisessem ou pudessem casar com alguém já adulto e se o homossexual quisesse ter relação com o sexo oposto. Ora os sacerdotes querem mesmo é que as coisas continuem do jeito que estão, senão eles não seriam sacerdotes ou então teriam que fazer que nem os sacerdotes homossexuais ou heterossexuais: Contratar prostitutas ou prostitutos. Ou vocês acham que todos eles são pedófilos?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Por: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Luiz Fernando Rodrigues Alves</i><o:p></o:p></span></div>
Luiz Fernandohttp://www.blogger.com/profile/07534657733896362865noreply@blogger.com5Rio de Janeiro - RJ, República Federativa do Brasil-22.9035393 -43.209586899999977-23.3715433 -43.855033899999974 -22.435535299999998 -42.564139899999979tag:blogger.com,1999:blog-5891935986945395323.post-2053212582985211152010-05-04T10:19:00.000-07:002010-05-04T10:22:53.091-07:00ANOREXIA E BULIMIA - Sintomas histéricos do século XIX<p class="MsoNormal"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family: "Arial","sans-serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><i style="mso-bidi-font-style: normal"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Arial","sans-serif"">...Quando qualquer explicação psicológica para a histeria era ainda algo muito distante, ouvia alguns colegas médicos mais experientes e mais velhos dizerem que, em casos de pacientes histéricos que sofriam de leucorréia ( Corrimento vaginal), um aumento de catarro era geralmente seguido por uma intensificação dos distúrbios histéricos, principalmente “<span style="mso-spacerun:yes"> </span>PERDA DE APETITE E VÔMITOS”... <o:p></o:p></span></i></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style:normal"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Arial","sans-serif"">Esse relato de Freud , <span style="mso-spacerun:yes"> </span>se fez em uma época em que o termo anorexia e bulimia ainda não eram muito bem compreendidos pela classe médica da época.(Segunda metade do século 19). <o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style:normal"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Arial","sans-serif"">Retirado da Obra de Freud S. “ Um caso de Histeria e Três ensaios Sobre a Sexualidade” Voluime VII - Editora Imago 1974.<o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size:14.0pt;line-height:115%;font-family: "Arial","sans-serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family: "Arial","sans-serif"">No final do séc. XIX Freud e Breuer, começaram a estudar os sintomas histéricos que acometiam algumas mulheres da época. Suas publicações à partir do séc. XX relatam sintomas pouco encontrados nos dias atuais em moças e mulheres jovens. Porque os sintomas mudaram ?<span style="mso-spacerun:yes"> </span>Muito simples. Porque nos dias atuais, a sexualidade não se apresenta como naquela época. A liberdade e o entendimento são muito superiores que as do século XIX e início do século XX. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family: "Arial","sans-serif"">Porém dentre todos os sintomas e tipos histericos daquela época, os que se mantém com maior intensidade são dois: <b style="mso-bidi-font-weight: normal">Anorexia e Bulimia</b>. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family: "Arial","sans-serif"">Então que o vem a ser esses dois sintomas?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family: "Arial","sans-serif"">Esses sintomas são parte de uma manifestação psiquica onde o sujeito (ele ou ela) acometido ( na maioria mulheres) apresentam uma aversão ao alimento ou então comem compulsivamente e depois vomitam para que possam manter um peso ou aparência ideal. Isso seria uma neurose histérica moderna? Não creio. Creio sim, que dentre todas as manifestações histéricas, a única que restou com maior poder de perigo foram essas duas. Sabemos que qualquer distúrbio histérico é de natureza sexual, geralmente pelo impedimento da execução de algum desejo, seja ele proibido pelas normas da civilização ou mesmo pelo auto poder de sensura do superego. Essa teoria é baseada no fato de que em algum momento na fase oral dessa pessoa, a perda do seio materno ou a falta do mesmo tenha criado uma alteração na compreensão endopsíquca e que na fase pós puberdade esses conteudos se manifestem no inconsciente tentando abrir camilnho para a consciência. Não havendo assim a possibiliadade de resgate desse período o sujeito começa a ter alucinações de que o seu corpo está engordando e como protesto a isso ele recusa a ingerir ou começa a vomitar qulquer tipo de alimento, gerando então uma psicose alucinatória de engorda, quando na verdade o seu corpo está definhando. Casos como esses são muito comuns em mulheres que tiveram ou tem uma mãe presente e autoritária com pouco ou nenhum tipo de afeto. Mães que sempre cumprem um papel de tutora, como no caso de muitas manequins que tem que controlar o excesso de peso para que possam manter um visual perfeito. Esse controle é um retorno a fase em que a mãe fálica se apresentava como pessoa, mas sem o afeto necessário no momento da passagem da fase oral para a fase anal, ficando assim uma lacuna aberta que retorna de forma protestadora na pós - puberdade. O tratamento para esse sintoma ser faz através de medicamentos e internação nos casos mais graves onde o risco de vida se encontra presente e psicanálise ou psicoterapia fora dos surtos alucinatórios.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style:normal"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Arial","sans-serif"">Por: Luiz Fernando Rodrigues Alves<o:p></o:p></span></i></p>Luiz Fernandohttp://www.blogger.com/profile/07534657733896362865noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5891935986945395323.post-22472066853656715222010-03-04T09:31:00.000-08:002013-01-11T10:25:00.652-08:00O QUE É ENVELHECER ?<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif;"> </span></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">O que posso dizer sobre o envelhecimento dentro de uma sociedade em que
a estética está em evidência, e que a velocidade de raciocínio rápido e
adaptação às mudanças tecnológicas diárias se fazem necessárias?</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">È simples você só envelhece se estiver</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;"> </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">sempre em desacordo
com o que de novo vier a surgir. Isso sim é envelhecer. É passar do
conhecimento para o desconhecido, simplesmente porque não quer se atualizar.</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">Na clínica psicanalítica o que observo é que o envelhecimento se faz à
partir do momento em que o outro nos diz:</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;"> </span><b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">VOCÊ ESTÁ VELHO !</span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;"> </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">Isso pode ocorrer em qualquer fase da vida, mesmo na infância um colega
para implicar com outro pode fazer uso dessa frase e o sujeito acreditar. È óbvio
que essa repercussão se fará com muita mais eficácia se tiverem com mais de 50
anos. Então o que é envelhecer?</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">Na</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;"> </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">verdade envelhecer é um processo de
mudança que começa desde a fase embrionária até o momento em que finda a vida.
Porém só entendemos o envelhecimento quando alguém nos aponta e não quando
realmente o sentimos.</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">Os sintomas físicos do envelhecimento como dores, incapacidades,
limitações, tudo isso pode ocorrer em uma idade mais jovem, e nem por isso nos
sentimos velhos, a não ser que venha alguém e diga:</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;"> </span><b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">VOCÊ ESTÁ VELHO! E VOCÊ ACREDITA!</span></b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">É obvio que não estou querendo dizer que com o passar dos anos nós não
venhamos à envelhecer.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;"> </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">Algumas pessoas já se sentem velhas ou
incapazes de determinadas tarefas e funções com 20 anos de idade, outras porém
podem continuar produtivas e eficientes até os 80 anos ou mais. Isso variando
com fatores genéticos, culturais e sociais. O grande problema desse conflito é
que o que se vende na mídia é que o sujeito não pode envelhecer na aparência, ou
seja, há de se manter jovem custe o que custar, caso contrário o sistema irá te
descartar. Porque Isso? Por que há uma necessidade de consumo de produtos
contra rugas, osteoporose, cabelos brancos e tudo o mais que possa se vender
para esse público que passou dos 50. Que bom que temos todos esses produtos
para nos mantermos aparentemente jovens. Mas não devemos esquecer que não
envelhecemos somente por fora e sim por dentro, tanto fisicamente como
emocionalmente, pois como disse existe sempre alguém para lembrar que:</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;"> </span><b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">VOCÊ ESTÁ VELHO!</span></b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">O que fazer para viver e entender a vida após os 50 anos?</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">Olha só! Como você está bem conservado!</span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;"> </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">Nem parece que tem 60 anos! São essas as palavras gentis que ouvimos por
ai. Ora, que eu saiba bem conservado são os enlatados, o leite longa vida e o
bacalhau salgado. O que acontece conosco e que uns são acometidos por algumas
doenças ou não levaram suas vidas de acordo com seus mais profundos desejos e
outros não envelheceram tão rapidamente, pois tiveram outro entendimento no
decorrer de sua existência.</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">Uma das principais causas do envelhecimento psíquico se faz
logo após a aposentadoria, e para que isso não venha a acontecer se faz
necessário que o sujeito se programe e adie por mais tempo possível o seu
projeto de aposentadoria e mesmo depois de se aposentar</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;"> </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">não deixe de dar continuidade a sua vida produtiva, que pode ser dentro
da mesma profissão ou até mesmo inicializando uma nova, quem sabe até um sonho
não realizado, já que os filhos já estão criados e o tempo é mais disponível.
Mas para que tudo isso ocorra é necessário que se tenha um entendimento da
vida, o que seria isso? Seria um entendimento desde a sua concepção até o dia
de hoje. Mas como ter esse conhecimento se não me lembro de quase nada? Através
da psicanálise a princípio e de sua própria autoanálise mais adiante. E o que é
isso? Isso ocorre nas sessões analíticas e continua após com o próprio sujeito
se questionando e se autoanalisando</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;"> </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">como ele chegou até
aqui dentro de uma civilização exigente e caótica e mais, dentro de um contexto
familiar neurótico (nas melhores das hipóteses), pois quando esse contexto
familiar chega à psicose, a coisa é um pouco mais complicada.</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">Para Freud a psicanálise só poderia ajudar aquelas pessoas que ainda não
tivessem completado os 50 anos de idade, pois após esse período os conteúdos
infantis já não poderiam ressurgir nas sessões psicanalíticas e os traumas ali
instalados não poderiam ser solucionados. Bem isso foi há mais de 100 anos
atrás e a perspectiva de vida na época era em torno dos 60 anos de idade. Porém
nos dias de hoje (creio eu) que devido às mudanças ocorridas no século passado,
passamos a ter um entendimento melhor e uma liberdade muito maior que nossos
avós e bisavós, além de todo esse aparato farmacológico que nos mantém ativos
(física e mentalmente) por mais tempo. Na minha clínica de atendimento, não
vejo o porquê limitar a análise em qualquer fase da vida, desde que a pessoa
possa expressar seus desejos e anseios vividos ou não vividos, pois afinal de
contas ninguém vai passar por essa vida completamente realizada, mas também não
precisa sair dela sem ter tirado o mínimo de proveito. Certo? Atrevo-me até a
dizer que</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;"> </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">os desejos que muitas das vezes</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;"> </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">deixamos de lado (Princípio do prazer)* em função das exigências
familiares e sociais (Princípio da realidade)**</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;"> </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">só podem ser vividos
a partir de uma determinada idade, quando não estamos sobre a tutela de nossos
pais e nem com as obrigações diárias com nossos filhos.</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">Aí você me diz. Sim Luiz Fernando! Porém agora já envelheci e não tenho
mais aqueles atributos que tinha quando mais jovem.</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">Realmente, pode até não ter, mas possui uma liberdade e uma maturidade
invejável que somente aqueles que sobrevivem as loucuras da juventude podem
ter. Ou você acha que é todo mundo que envelhece? O que você prefere? Viver de
forma desordenada na juventude e findá-la prematuramente</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;"> </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">ou manter certo grau de responsabilidade sem deixar de viver a vida
chegando a uma idade mais avançada e usufruir de sua sabedoria e entendimento,
vivendo plenamente (cada qual dentro de suas limitações) os anos que lhe
restam? São essas as grandes perguntas e questionamentos da maioria das
pessoas. Mas para isso é necessário que se entenda e aceite as escolhas vividas
ou não dentro de sua existência e assumir perante a vida o caminho escolhido
não ficando refém</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;"> </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">da ESCOLHA BIFURCADA</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;"> </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">Y.</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">O que é escolha bifurcada</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;"> </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">Y?</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">A escolha bifurcada é quando o sujeito ao passar a meia idade ( por
volta dos 50 anos em diante) fica se questionando se sua vida não teria sido
melhor se ele não tivesse seguido o outro caminho da</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;"> </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">Y. Ora se em todo o momento em que acharmos que algo não saiu como
planejávamos formos usar esse tipo de estratégia psíquica para
justificar a possível escolha errada,não faríamos mais nada. Não existe uma
forma correta de acertar em todas as escolhas, por mais que tentemos nunca
acertaremos totalmente e mesmo que acertemos sempre ficará aquela dúvida se
fosse de outra maneira não seria melhor?</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Luiz Fernandohttp://www.blogger.com/profile/07534657733896362865noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5891935986945395323.post-69091757345758880562010-02-02T06:15:00.000-08:002010-02-11T05:17:33.031-08:00A PRIMEIRA VERDADE.<div style="mso-element:para-border-div;border:none;border-bottom:solid #4F81BD 1.0pt; mso-border-bottom-themepadding:0cm 0cm 4.0pt 0cmcolor:accent1;"> <p class="MsoTitleCxSpFirst" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">O conceito de </span></span><b><i><u><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">PRIMEIRA VERDADE</span></span></u></i></b><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">, parte do princípio que o analisando ao se encontrar na sessão, tem o seu primeiro insight, onde a sua primeira verdade ( seja ela real ou imaginária) é dita ao analista. Verdade essa nunca dita a ninguém, pois nem mesmo o analisando a conhecia, podendo ser essa verdade o retorno do recalcado ou alguma ligação com ele. A </span></span><b><i><u><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">PRIMEIRA VERDADE</span></span></u></i></b><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">, não é a última, a não ser que o analisando diante dessa nova realidade não dê continuidade a sua análise.</span></span><span><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;"> </span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">(O que é compreensivo, pois quem realmente quer saber a verdade? </span></span><u><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">Poucos creio eu</span></span></u><span class="Apple-style-span" style="font-family:arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">.)</span></span></p></div> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:";"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;"> Se o analisando inventa essa verdade, é obvio que ela não é a </span><b><i><u><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">PRIMEIRA VERDADE</span></u></i></b><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;"> e sim mais uma de suas mentiras encobridoras. Porém se ele acredita nessa verdade, mesmo que ele não saiba que ela é da ordem da fantasia, essa verdade se faz real, ou seja ela é denominada </span><b><i><u><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">PRIMEIRA VERDADE IMAGINÁRIA </span></u></i></b><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">e o analista tem que aceitá-la até que o analisando perceba que essa verdade não é tão verdadeira como ele achava. Para que isso ocorra haverá de existir uma segunda verdade para contradizê-la. Verdade essa que tem de se autorizar através do auxílio do analista sem que o analisando se sinta desautorizado, já que essa verdade imaginária não possui toda essa autoridade, pois na verdade essa verdade imaginária nada mais é que um artifício dos mecanismos de defesa para ocultar a </span><b><i><u><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">PRIMEIRA VERDADE REAL </span></u></i></b><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">. <o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:";"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;"> Em suma: </span><b><i><u><span style="line-height: 115%; "><span class="Apple-style-span" style="font-family:'lucida grande';"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">A PRIMEIRA VERDADE</span></span></span></u></i></b><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">, se divide em duas: </span><b><i><u><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">PRIMEIRA VERDADE REAL</span></u></i></b><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;"> e </span><b><i><u><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">PRIMEIRA VERDADE IMAGINÁRIA.</span></u></i></b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">Luiz Fernando R. Alves (Psicanalista)</span></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><b style="mso-bidi-font-weight: normal"><i style="mso-bidi-font-style:normal"><u><span style="Arial","sans-serif"font-family:";"><o:p><span style="text-decoration:none"> </span></o:p></span></u></i></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="Arial","sans-serif"font-family:";"><o:p> </o:p></span></p>Luiz Fernandohttp://www.blogger.com/profile/07534657733896362865noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5891935986945395323.post-22809566604178299492010-01-21T05:30:00.000-08:002013-03-08T11:54:49.442-08:00O que é psicanálise?<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Segundo o seu criador </span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"> </span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Sigmund Freud (1856-1939) que forjou o termo ao mesmo tempo que divulgava a sua descoberta, declarou da seguinte maneira: </span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"> </span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">“</span></span><b><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Chamamos de psicanálise ao trabalho pelo qual levamos à consciência do doente o psíquico recalcado nele.</span></span></b><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">” Para Freud a psicanálise veio atender a necessidade do sujeito (analisando) a trazer ao nível consciente o que estava recalcado em seu inconciente. Para isso utilizamos técnicas que somente a psicanálise sabe como fazê-la.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Por que devo fazer psicanálise?</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">São vários os motivos que levam o sujeito ao psicanalista. Entre eles está a sua incapacidade de lidar com os impulsos internos que o impedem de levar uma vida de forma integrada com o seu meio. O sofrimento nos relacionamentos pessoais /familiares e sociais são os principais motivos.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Quem é o sujeito Psicanalista?</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">O psicanalista é o profissional com formação acadêmica em diversas áreas de saúde (Medicina, Psicologia, Fisioterapia, Enfermagem, etc.) que deverá ter uma formação de Psicanálise Clínica em Escola ou sociedade formadora. </span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">As sessões de psicanálise podem variar de uma a mais vezes por semana, isso de acordo com o tempo e a necessidade de cada paciente.</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Quando a psicanálise foi criada por Freud, ficou determinado que o tempo de cada sessão seria de 50 minutos, porém muitos analistas atendem por 60 minutos, já o tempo de tratamento pode variar de acordo com cada caso levando-se em conta a capacidade individual de cada paciente em evoluir dentro de sua análise. Porém o mínimo é de seis meses, podendo levar anos até o final para que se possa ter algum resultado. Com relação a alta do tratamento é dada pelo psicanalista a seu paciente em comum acordo, podendo se retomada novamente caso o paciente sinta necessidade e o psicanalista concorde.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">O princípio e regra fundamental para o sucesso no atendimento em psicanálise é que o paciente seja o mais sincero possível e confie no seu psicanalista, para que juntos possam resolver as questões que o trouxeram ao consultório. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: arial; font-size: large;"><i>por: Luiz Fernando R. Alves</i></span></div>
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