Pois bem começo
com esse título de pura reflexão num momento em que as ações do homem não são
de sua total consciência. Como já dizia Freud " Não somos donos de nossa
própria casa". Onde o gênio fazia uma alusão a nossa incapacidade de
controlar os impulsos instituais que nos acomete a todo tempo. Sou onde não penso nada mais é que a nossa real
identidade que está lá no fundo de nosso inconsciente, enquanto que ao pensar onde não sou nada mais é que a nossa consciência
reflexiva que nos permite interagir com o meio que nos cerca. Trago esse tema
para aludir os últimos acontecimentos com relação a dita chacina em uma escola
pública no Rio de Janeiro. Dita porque na verdade o ser onde não pensa do assassino das crianças não
estava chacinando elas! Estava sim matando os fantasmas do passado que o
assombravam há muitos anos provavelmente, sem que ninguém da família
percebesse, e se percebeu não ligou. Aliás, o que mais se faz dentro de um
contexto familiar é não ligar, por isso é que as coisas estão como estão. Esse
sujeito que pensava onde não
era, na verdade não tinha a menor ideia de que ele nada era ou foi na vida,
isso fica bem esclarecido quando nas investigações policiais onde entre
diversos fatores, foi descoberto que o sujeito sofreu bullyng na mesma escola
em que aconteceram as mortes.
Por trás
de toda essa psicose nem os valores divinos puderam segurar o ser onde não pensa,
muito pelo contrário foi em nome desses valores que ele pensou onde não era para executar seus atos psicóticos.
Fica aqui
uma a frase de dois pensadores para uma reflexão.
René
Descartes dizia que: se penso,
logo existo.
Porém 300
anos depois chega Freud e diz: Se
sinto, logo sou.
Ou seja
não adianta só pensar, antes de tudo temos que saber o que sentimos para
descobrirmos o que somos. Se é que isso é possível!
Por: Luiz
Fernando R. Alves