terça-feira, 9 de novembro de 2010

Egossintonia e Egodistonia na Clínica Psicanalítica


A egossintonia e entendida pela psicanálise como uma falsa adaptação do ego as suas ações e sintomas apresentados, não sendo percebidos pelo sujeito. Ocorre principalmente nas perversões e psicopatias. Esse termo como o próprio nome já diz faz com que haja uma sintonia entre o ego e o sintoma, ou seja, não ocorre a percepção do sujeito que as suas palavras, e principalmente os seus atos estão afetando o seu relacionamento com o mundo exterior, porque para ele não parece haver nenhum problema. Nas perversões isso fica bem claro, como nos relacionamentos sádicos em que o sujeito não percebe que o outro está em sofrimento pelas suas atitudes, isso porque o outro para ele está na condição de objeto de desejo sádico e não amoroso. A dor do outro não é percebida ou não vista, mesmo porque o outro é considerado como se fosse integrado a ele mesmo, como se ambos fossem um único corpo. Isso é bem percebido quando ocorre nos casos de pedofilia e nas psicopatias onde a violência está em primeiro plano.
A egodistonia já é uma não adaptação do ego aos impulsos oriundos tanto do meio exterior como os internos como nos casos das neuroses e psicoses. O sujeito entra em conflito com as necessidades impostas ao ego e percebendo isso ele gera sintomas que são percebidos parcialmente nas suas ações e nas palavras, porém, isso não quer dizer que os entenda e nem aceite apontamentos externos. O que difere é que ele percebe o sofrimento do outro pelas suas ações e sofre com isso, mesmo que não saiba o por que.
Essas diferenças em egossintonia e egodistonia é que vai determinar a possibilidade de tratamento ou não na clínica psicanalítica. Nos casos de egodistonia, o tratamento se faz com muito mais eficácia, o que já não ocorre nos casos de egossintonia onde o sujeito está bem adaptado aos sintomas.
Por: Luiz Fernando R. Alves

terça-feira, 4 de maio de 2010

A diferença entre Homossexualidade e Pedofilia

O termo Homosexualidade vem junção das palavras grega homo=igual e do latim sexus=sexo, então vejam bem o significado! Gostar do mesmo sexo no sentido de sentir desejo pelo mesmo ser do mesmo sexo.
Já o termo pedofilia vem do grego “paidophilia”, onde pais=criança e philia=amor, amizade, afinidade, atração, atração patológica ou tendêcia patológica, segundo o dicionário Aurélio.
Pois bem, com essas duas palavras bem definidas nos termos de tradução de ambas: Homossexualidade e Pedofilia, já fica bem claro que é um absurdo O Papa Bento XVI vir a publíco e dizer que os pedófilos da Igreja Católica (que venhamos dizer, não são poucos), são formados por grupos de sacerdotes com orientações homossexuais.
Na antiga Grécia muitos séculos antes de cristo, já era comum aos gregos as relações homosexuais entre homens mais velhos com mais jovens. Essas relações eram baseadas entre o tutor de porte masculino, com jovens puberes de porte ainda feminos que eram educados e ensinados por esses tutores. Quando esses jovens chegavam a maior idade ou tornavam-se homens eles mesmos passavam a ensinar as novas gerações e mantinham relações sexuais com eles. Ou seja isso se repetia a cada geração de forma aceita para a sociedade daquela época. Com o início do Império Romano ( que foi fortemente influenciado pela cultura Grega) o ato de homens mais velhos se relacionarem com crianças, principalmente homens com meninos continuou nessa nova civilização. Com a queda do Império Romano pelos barbáros cerca de 300 anos depois de cristo se fez necessário dar continuidade aos poderes de Roma, e a única forma disso acontecer seria se aproveitando de uma seita conhecida na época como cristianismo, dando assim continuidade ao império que agora deixava de ser uma força bélica e passava a se tornar uma potência religiosa, que continuou a manter as suas convicções através da força e perverções que sempre caracterizaram o antigo império Romano. Por que então achar que os sacerdotes e papas que vinham dessa linhagem de legionários e senadores romanos, mudariam as suas tendências sexuais. Ou seriam orientações? Será que a Pedofília não seria uma forma de sexualidade? Ou seria uma psicopatologia? Bem isso depende aos olhos de quem vê. É muito comum nas guerras onde o exército vencedor formado por homens de família bem educados, muitos casados e até com filhos estuprarem não só mulheres, mas também crianças (meninos e meninas) e depois voltarem a sua pátria e voltar a vida normal como se nada tivessem feito. Isso é patológico ou é normal na natureza humana? Ficamos sem saber. Por que ficamos sem saber ? Porque não podemos julgar o homem quando colocado em situações em que ele não gostaria de estar. E um campo de batalha é uma delas.
Então vamos ao meu entendimento:
Os homossexuais não são pedófilos ! E isso é certo, pois o desejo de um homossexual é exclusivamente por outro homossexual (cabe dizer que os bissexuais estão incluídos), independentemente de seu papel ativo ou passivo dentro de uma relação, ele pode até ter uma relação com um jovem, porém esse jovem já passou da puberdade e já pode ejacular, não possuindo mais aquele corpo infantil, sem pelos pubianos e com uma inocência típica das crianças na pré puberdade ou até mesmo na primeira infância. Esses homossexuais podem ser do tipo fixo ou ocilantes que ora gostam de homens e ora gostam de mulheres (Bissexuais). Podem ser afeminados ou masculinizados ao extremo, chegando até ser violentos se necessário. Mas de forma alguma eles desejam ter relações com crianças, seus objetos de desejo são pessoas já formadas e que eles possam se relacionar de forma integral. São muito ativos e dificilmente apresentam qualquer tipo de disfunção erétil. Fazem uso de prostitutos e prostitutas quando necessário para satisfazerem seus desejos. Ou seja são pessoas que não devem nada a sociedade como um todo.
Os ditos Pedófilos já estão em outra categoria. Os verdadeiros pedófilos estão sempre no meio de crianças, grupos de meninos ou meninas (Escola de futebol, escoteiros, bandeirantes e por que não dizer entre os sacerdotes). Por que sacerdotes? Porque simplesmente é o posto de maior autoridade divina (Deus) onde um pedófilo pode ficar a vontade para satisfazer as suas necessidades sexuais. Os pedófilos são em geral homens que possuem pouca eficiência na qualidade de sua sexualidade, geralmente apresentam ejaculação precoce ou impotência sexual, porém podem com facilidade penetrar em um menino ou menina, pois para o pedófilo o sexo não é o que importa e sim a inocência e a incapacidade de defesa do outro. Isso é o que excita o pedófilo é a falta de uma compreensão do outro no que diz respeito a sexualiade. Geralmente são crianças que são confiadas a esses sacerdotes para um aprendizado religioso e se sentem na obrigação de cumprir tudo aquilo que lhes é ensinado como expliquei no começo, (lá em cima com os Gregos e Romanos). A diferença é que eles não respeitam os limites físicos e o mais importante a pouca idade do infante. Uma relação entre um homem de 30 nos e um rapaz de 15 sendo ela consensual, não haveria nenhum problema para aqueles povos antigos. Já para a civilização moderna isso é inadimissível, fazendo assim com que esses pedófilos que poderiam esta se relacionando com jovens passem a usar crianças que mesmo naqueles tempos antigos seria considerado um crime pois as relações só poderiam ocorrer após a puberdade.
Com isso temos uma pequena idéia no que se refere a diferença entre essas duas categorias de desejos sexuais. É obvio que isso é um pequeno resumo, a coisa vai muito mais além. No meu entender pedofília é a relação entre um Adulto e um infante e homossexualismo é a relação entre pessoas do mesmo sexo à partir da puberdade de forma consensual. E que por isso há uma grande diferença. Fico impressionado quando alguém me diz que os sacerdotes da Igreja Católica são pedófilos ou homossexuais, porque eles não podem casar! Isso é um grande engano. Como se os pedófilos quisessem ou pudessem casar com alguém já adulto e se o homossexual quisesse ter relação com o sexo oposto. Ora os sacerdotes querem mesmo é que as coisas continuem do jeito que estão, senão eles não seriam sacerdotes ou então teriam que fazer que nem os sacerdotes homossexuais ou heterossexuais: Contratar prostitutas ou prostitutos. Ou vocês acham que todos eles são pedófilos?
Por: Luiz Fernando Rodrigues Alves

ANOREXIA E BULIMIA - Sintomas histéricos do século XIX

...Quando qualquer explicação psicológica para a histeria era ainda algo muito distante, ouvia alguns colegas médicos mais experientes e mais velhos dizerem que, em casos de pacientes histéricos que sofriam de leucorréia ( Corrimento vaginal), um aumento de catarro era geralmente seguido por uma intensificação dos distúrbios histéricos, principalmente “ PERDA DE APETITE E VÔMITOS”...

Esse relato de Freud , se fez em uma época em que o termo anorexia e bulimia ainda não eram muito bem compreendidos pela classe médica da época.(Segunda metade do século 19).

Retirado da Obra de Freud S. “ Um caso de Histeria e Três ensaios Sobre a Sexualidade” Voluime VII - Editora Imago 1974.

No final do séc. XIX Freud e Breuer, começaram a estudar os sintomas histéricos que acometiam algumas mulheres da época. Suas publicações à partir do séc. XX relatam sintomas pouco encontrados nos dias atuais em moças e mulheres jovens. Porque os sintomas mudaram ? Muito simples. Porque nos dias atuais, a sexualidade não se apresenta como naquela época. A liberdade e o entendimento são muito superiores que as do século XIX e início do século XX.

Porém dentre todos os sintomas e tipos histericos daquela época, os que se mantém com maior intensidade são dois: Anorexia e Bulimia.

Então que o vem a ser esses dois sintomas?

Esses sintomas são parte de uma manifestação psiquica onde o sujeito (ele ou ela) acometido ( na maioria mulheres) apresentam uma aversão ao alimento ou então comem compulsivamente e depois vomitam para que possam manter um peso ou aparência ideal. Isso seria uma neurose histérica moderna? Não creio. Creio sim, que dentre todas as manifestações histéricas, a única que restou com maior poder de perigo foram essas duas. Sabemos que qualquer distúrbio histérico é de natureza sexual, geralmente pelo impedimento da execução de algum desejo, seja ele proibido pelas normas da civilização ou mesmo pelo auto poder de sensura do superego. Essa teoria é baseada no fato de que em algum momento na fase oral dessa pessoa, a perda do seio materno ou a falta do mesmo tenha criado uma alteração na compreensão endopsíquca e que na fase pós puberdade esses conteudos se manifestem no inconsciente tentando abrir camilnho para a consciência. Não havendo assim a possibiliadade de resgate desse período o sujeito começa a ter alucinações de que o seu corpo está engordando e como protesto a isso ele recusa a ingerir ou começa a vomitar qulquer tipo de alimento, gerando então uma psicose alucinatória de engorda, quando na verdade o seu corpo está definhando. Casos como esses são muito comuns em mulheres que tiveram ou tem uma mãe presente e autoritária com pouco ou nenhum tipo de afeto. Mães que sempre cumprem um papel de tutora, como no caso de muitas manequins que tem que controlar o excesso de peso para que possam manter um visual perfeito. Esse controle é um retorno a fase em que a mãe fálica se apresentava como pessoa, mas sem o afeto necessário no momento da passagem da fase oral para a fase anal, ficando assim uma lacuna aberta que retorna de forma protestadora na pós - puberdade. O tratamento para esse sintoma ser faz através de medicamentos e internação nos casos mais graves onde o risco de vida se encontra presente e psicanálise ou psicoterapia fora dos surtos alucinatórios.

Por: Luiz Fernando Rodrigues Alves

quinta-feira, 4 de março de 2010

O QUE É ENVELHECER ?

O que posso dizer sobre o envelhecimento dentro de uma sociedade em que a estética está em evidência, e que a velocidade de raciocínio rápido e adaptação às mudanças tecnológicas diárias se fazem necessárias?
È simples você só envelhece se estiver sempre em desacordo com o que de novo vier a surgir. Isso sim é envelhecer. É passar do conhecimento para o desconhecido, simplesmente porque não quer se atualizar.
Na clínica psicanalítica o que observo é que o envelhecimento se faz à partir do momento em que o outro nos diz: VOCÊ ESTÁ VELHO ! Isso pode ocorrer em qualquer fase da vida, mesmo na infância um colega para implicar com outro pode fazer uso dessa frase e o sujeito acreditar. È óbvio que essa repercussão se fará com muita mais eficácia se tiverem com mais de 50 anos. Então o que é envelhecer?
Na verdade envelhecer é um processo de mudança que começa desde a fase embrionária até o momento em que finda a vida. Porém só entendemos o envelhecimento quando alguém nos aponta e não quando realmente o sentimos.
Os sintomas físicos do envelhecimento como dores, incapacidades, limitações, tudo isso pode ocorrer em uma idade mais jovem, e nem por isso nos sentimos velhos, a não ser que venha alguém e diga: VOCÊ ESTÁ VELHO! E VOCÊ ACREDITA!
É obvio que não estou querendo dizer que com o passar dos anos nós não venhamos à envelhecer. Algumas pessoas já se sentem velhas ou incapazes de determinadas tarefas e funções com 20 anos de idade, outras porém podem continuar produtivas e eficientes até os 80 anos ou mais. Isso variando com fatores genéticos, culturais e sociais. O grande problema desse conflito é que o que se vende na mídia é que o sujeito não pode envelhecer na aparência, ou seja, há de se manter jovem custe o que custar, caso contrário o sistema irá te descartar. Porque Isso? Por que há uma necessidade de consumo de produtos contra rugas, osteoporose, cabelos brancos e tudo o mais que possa se vender para esse público que passou dos 50. Que bom que temos todos esses produtos para nos mantermos aparentemente jovens. Mas não devemos esquecer que não envelhecemos somente por fora e sim por dentro, tanto fisicamente como emocionalmente, pois como disse existe sempre alguém para lembrar que: VOCÊ ESTÁ VELHO!
O que fazer para viver e entender a vida após os 50 anos?
Olha só! Como você está bem conservado! Nem parece que tem 60 anos! São essas as palavras gentis que ouvimos por ai. Ora, que eu saiba bem conservado são os enlatados, o leite longa vida e o bacalhau salgado. O que acontece conosco e que uns são acometidos por algumas doenças ou não levaram suas vidas de acordo com seus mais profundos desejos e outros não envelheceram tão rapidamente, pois tiveram outro entendimento no decorrer de sua existência.
Uma das principais causas do envelhecimento psíquico se faz logo após a aposentadoria, e para que isso não venha a acontecer se faz necessário que o sujeito se programe e adie por mais tempo possível o seu projeto de aposentadoria e mesmo depois de se aposentar não deixe de dar continuidade a sua vida produtiva, que pode ser dentro da mesma profissão ou até mesmo inicializando uma nova, quem sabe até um sonho não realizado, já que os filhos já estão criados e o tempo é mais disponível. Mas para que tudo isso ocorra é necessário que se tenha um entendimento da vida, o que seria isso? Seria um entendimento desde a sua concepção até o dia de hoje. Mas como ter esse conhecimento se não me lembro de quase nada? Através da psicanálise a princípio e de sua própria autoanálise mais adiante. E o que é isso? Isso ocorre nas sessões analíticas e continua após com o próprio sujeito se questionando e se autoanalisando como ele chegou até aqui dentro de uma civilização exigente e caótica e mais, dentro de um contexto familiar neurótico (nas melhores das hipóteses), pois quando esse contexto familiar chega à psicose, a coisa é um pouco mais complicada.
Para Freud a psicanálise só poderia ajudar aquelas pessoas que ainda não tivessem completado os 50 anos de idade, pois após esse período os conteúdos infantis já não poderiam ressurgir nas sessões psicanalíticas e os traumas ali instalados não poderiam ser solucionados. Bem isso foi há mais de 100 anos atrás e a perspectiva de vida na época era em torno dos 60 anos de idade. Porém nos dias de hoje (creio eu) que devido às mudanças ocorridas no século passado, passamos a ter um entendimento melhor e uma liberdade muito maior que nossos avós e bisavós, além de todo esse aparato farmacológico que nos mantém ativos (física e mentalmente) por mais tempo. Na minha clínica de atendimento, não vejo o porquê limitar a análise em qualquer fase da vida, desde que a pessoa possa expressar seus desejos e anseios vividos ou não vividos, pois afinal de contas ninguém vai passar por essa vida completamente realizada, mas também não precisa sair dela sem ter tirado o mínimo de proveito. Certo? Atrevo-me até a dizer que os desejos que muitas das vezes deixamos de lado (Princípio do prazer)* em função das exigências familiares e sociais (Princípio da realidade)** só podem ser vividos a partir de uma determinada idade, quando não estamos sobre a tutela de nossos pais e nem com as obrigações diárias com nossos filhos.
Aí você me diz. Sim Luiz Fernando! Porém agora já envelheci e não tenho mais aqueles atributos que tinha quando mais jovem.
Realmente, pode até não ter, mas possui uma liberdade e uma maturidade invejável que somente aqueles que sobrevivem as loucuras da juventude podem ter. Ou você acha que é todo mundo que envelhece? O que você prefere? Viver de forma desordenada na juventude e findá-la prematuramente ou manter certo grau de responsabilidade sem deixar de viver a vida chegando a uma idade mais avançada e usufruir de sua sabedoria e entendimento, vivendo plenamente (cada qual dentro de suas limitações) os anos que lhe restam? São essas as grandes perguntas e questionamentos da maioria das pessoas. Mas para isso é necessário que se entenda e aceite as escolhas vividas ou não dentro de sua existência e assumir perante a vida o caminho escolhido não ficando refém da ESCOLHA BIFURCADA Y.
O que é escolha bifurcada Y?
A escolha bifurcada é quando o sujeito ao passar a meia idade ( por volta dos 50 anos em diante) fica se questionando se sua vida não teria sido melhor se ele não tivesse seguido o outro caminho da Y. Ora se em todo o momento em que acharmos que algo não saiu como planejávamos formos usar esse tipo de estratégia psíquica para justificar a possível escolha errada,não faríamos mais nada. Não existe uma forma correta de acertar em todas as escolhas, por mais que tentemos nunca acertaremos totalmente e mesmo que acertemos sempre ficará aquela dúvida se fosse de outra maneira não seria melhor?

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

A PRIMEIRA VERDADE.

O conceito de PRIMEIRA VERDADE, parte do princípio que o analisando ao se encontrar na sessão, tem o seu primeiro insight, onde a sua primeira verdade ( seja ela real ou imaginária) é dita ao analista. Verdade essa nunca dita a ninguém, pois nem mesmo o analisando a conhecia, podendo ser essa verdade o retorno do recalcado ou alguma ligação com ele. A PRIMEIRA VERDADE, não é a última, a não ser que o analisando diante dessa nova realidade não dê continuidade a sua análise. (O que é compreensivo, pois quem realmente quer saber a verdade? Poucos creio eu.)

Se o analisando inventa essa verdade, é obvio que ela não é a PRIMEIRA VERDADE e sim mais uma de suas mentiras encobridoras. Porém se ele acredita nessa verdade, mesmo que ele não saiba que ela é da ordem da fantasia, essa verdade se faz real, ou seja ela é denominada PRIMEIRA VERDADE IMAGINÁRIA e o analista tem que aceitá-la até que o analisando perceba que essa verdade não é tão verdadeira como ele achava. Para que isso ocorra haverá de existir uma segunda verdade para contradizê-la. Verdade essa que tem de se autorizar através do auxílio do analista sem que o analisando se sinta desautorizado, já que essa verdade imaginária não possui toda essa autoridade, pois na verdade essa verdade imaginária nada mais é que um artifício dos mecanismos de defesa para ocultar a PRIMEIRA VERDADE REAL .

Em suma: A PRIMEIRA VERDADE, se divide em duas: PRIMEIRA VERDADE REAL e PRIMEIRA VERDADE IMAGINÁRIA.

Luiz Fernando R. Alves (Psicanalista)

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O que é psicanálise?

Segundo o seu criador Sigmund Freud (1856-1939) que forjou o termo ao mesmo tempo que divulgava a sua descoberta, declarou da seguinte maneira: Chamamos de psicanálise ao trabalho pelo qual levamos à consciência do doente o psíquico recalcado nele.” Para Freud a psicanálise veio atender a necessidade do sujeito (analisando) a trazer ao nível consciente o que estava recalcado em seu inconciente. Para isso utilizamos técnicas que somente a psicanálise sabe como fazê-la.
Por que devo fazer psicanálise?
São vários os motivos que levam o sujeito ao psicanalista. Entre eles está a sua incapacidade de lidar com os impulsos internos que o impedem de levar uma vida de forma integrada com o seu meio. O sofrimento nos relacionamentos pessoais /familiares e sociais são os principais motivos.
Quem é o sujeito Psicanalista?
O psicanalista é o profissional com formação acadêmica em diversas áreas de saúde (Medicina, Psicologia, Fisioterapia, Enfermagem, etc.) que deverá ter uma formação de Psicanálise Clínica em Escola ou sociedade formadora.
As sessões de psicanálise podem variar de uma a mais vezes por semana, isso de acordo com o tempo e a necessidade de cada paciente. 
Quando  a psicanálise foi criada por Freud, ficou determinado que o tempo de cada sessão seria de 50 minutos, porém muitos analistas atendem por 60 minutos, já o tempo de tratamento pode variar de acordo com cada caso levando-se em conta a capacidade individual de cada paciente em evoluir dentro de sua análise. Porém o mínimo é de seis meses, podendo levar anos até o final para que se possa ter algum resultado. Com relação a alta do tratamento é dada pelo psicanalista a seu paciente em comum acordo, podendo se retomada novamente caso o paciente sinta necessidade e o psicanalista concorde.
O princípio e regra fundamental para o sucesso no atendimento em psicanálise é que o paciente seja o mais sincero possível e confie no seu psicanalista, para que juntos possam resolver as questões que o trouxeram ao consultório.
por: Luiz Fernando R. Alves

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